Os passos largos acompanhados pela rapidez do homem atravessava por todo porcelanato brilhoso da clínica hospitalar, de maneira que deixasse os demais a sua volta presentes no extenso corredor iluminado um tanto curiosos com a figura alta masculina que parecia de certa forma imponente para quem o via; com a sua postura meticulosamente ereta e o queixo sutilmente modelado erguido para cima naturalmente.
Era impossível não sentir a presença que Adrien Agreste exalava nos ambientes e especialmente nas pessoas ao seu redor, algo que o desagradava ao extremo já que o loiro não suportava ser o centro das atenções.
Porém naquele momento ele nunca estivera tão pouco se importando com a atenção dos demais em si, a realidade era que o francês nem sequer reparava por quem passava, estava alheio aos demais, sua mente só tinha espaço para um centro de atenções.
As orbes verdes pareciam estar perdidas nos corredores de paredes brancas por mais que não fosse a primeira vez que estivesse ali, o barulho de suas batidas cardíacas cada vez mais se tornavam altas em sua mente e o sabor amargo em sua boca só aumentava acompanhado do terrível nó em sua garganta.
As luzes do hospital além de queimar de certa forma sua vista pareciam comprimir ainda mais sua cabeça fazendo-a latejar de forma que ele precisasse puxar ainda mais o ar de seus pulmões pela ansiedade que sentia buscando afastar a espécie de enxaqueca.
— Adrien? — a voz familiar feminina o chama fazendo com que todo seu interior agradecesse por algum conhecido aparecer.
— Aonde está ela? — se aproxima quase que de imediato ao ouvi-la já a fuzilando de perguntas antes mesmo que a morena dissesse mais algo. — Que porra aconteceu, Alya?
Sua respiração continuava inquieta, o peitoral largo coberto pelo moletom cinza simples e a jaqueta de couro subia e descia rapidamente, as pontas de seus dedos estavam geladas e seu peito se comprimia ainda mais a um aperto, ele estava com muito medo.
— Acalme-se, Adrien. — a mão gentil toca em seu braço carinhosamente notando o desespero do maior. — Vamos para a recepção conversar direito. — as orbes castanhas passam pelo espaço sutilmente. — Há muitos curiosos por aqui.
[...]
— As coisas não acontecem do nada. — as mãos grandes passavam pelos fios loiros desengrenhando todos sem deixar um para trás nervosamente. — Ela não passou mal do nada.
— O Gorila disse que não a viu tomando nada. — a Lahiffe acaricia os próprios braços enquanto encosta sua cabeça na parede.
— Ela não usou nada nas últimas horas que estávamos juntos. — o ruivo é rápido em acompanhar a amiga. — Estava indo tudo bem até a Marin se sentir mal e ficar inconsciente no museu.
— A pressão dela pode ter abaixado apenas. — a morena diz olhando esperançosa para o CEO que se encontrava sentado em uma das cadeiras desconfortáveis da recepção com a cabeça inclinada para trás.
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Back to black [Adrinette]
FanficPessoas mudam, mas nem sempre são para melhor. Algumas ganham um brilho especial e outras perdem os seus e ganham uma luz nova ou até mesmo, a ausência dela. Acontecimentos e pessoas influenciam essas mudanças e isso ficava cada vez mais óbvio para...