Pessoas mudam, mas nem sempre são para melhor. Algumas ganham um brilho especial e outras perdem os seus e ganham uma luz nova ou até mesmo, a ausência dela.
Acontecimentos e pessoas influenciam essas mudanças e isso ficava cada vez mais óbvio para...
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As orbes azuis acompanham os passos do Agreste pelas escadas do lado de fora até o mesmo entrar dentro da mansão não tendo o mesmo mais em seu ponto de vista.
A mulher não se move do lugar em que estava, apenas beberica um pouco mais da bebida.
Alguns minutos se passam parecendo ser uma eternidade para Adrien que procurava a esposa por toda mansão com o coração aflito por medo de algo ter acontecido enquanto o mesmo não estava por perto.
Sua mão chega até a maçaneta de seu escritório abrindo-a com pressa e nervosismo.
Não demorou nenhum um pouco para notar a figura de costas próxima da janela.
Seus passos não tardaram e logo ele estava ao lado da mestiça segurando o braço feminino retirando a taça de sua mão sentindo o cheiro das bebidas ao aproximar a narina do líquido, logo reconhecendo o odor de gin e vodca.
— Qual o seu problema? — pergunta puto. — Você está tomando remédio.
Os olhos azuis demonstravam pouco caso fazendo o mesmo se irritar mais ainda.
— Pare de brincar com isso, Marinette. — seu tom era deveras severo. — Estou ficando cansado. — joga a taça pela janela com tudo, fazendo com que o barulho do objeto se quebrando seja abafado pela altura e pelo estofado de grama no grande quintal. — O médico falou que a exceção seria um pouco de vinho para essa noite específica.
— Terminou o seu show? — o olhar era de completo desdém e desinteresse.
Aquelas atitudes dela o machucava tanto, mas tanto, era como se aos poucos a Marinette que ele tanto amava começasse a desaparecer.
O mais alto volta até ela com as orbes esmeraldinas brilhando fazendo com que o coração da Agreste se partisse em mil pedaços assim como o dele estava.
— Eu também perdi ela. — a voz do mais alto estava baixa deixando bem claro o quão doloroso aquilo era para ele.
O nó na garganta que o mesmo escondeu durante todo aquele ano simplesmente volta como se nunca tivesse ido embora. A área abaixo das orbes verdes estava completamente molhada e vermelha totalmente fragilizada e sensível ao choro do mesmo.
— Não. — a azulada balança a cabeça em negação. — Não vamos falar sobre isso. — seu tom começava a ficar choroso.
Os passos da mais baixa para fugir daquele cômodo eram impedidos pelo marido com seus braços envoltos na fina cintura feminina.
— Por favor. — ele suplicava fungando baixo.
— Eu não posso falar dela. — as lágrimas desciam pelo rosto feminino. — Não me obriga a lembrar disso.
A face da estilista estava virada para o lado oposto da do loiro escondendo o rosto propositadamente.
— Eu também perdi ela, meu amor. — beija o topo da cabeça da mulher enquanto o mesmo se permitia chorar depois de meses sem poder demonstrar aquilo para a mulher. — Ela era linda, o nosso anjinho era lindo, a coisa mais perfeita que nós fizemos.