Five

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Com muita dificuldade Adrien conseguiu deixar a Agreste na clínica, mas se arrependeu no exato momento que havia saído pela porta de vidro

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Com muita dificuldade Adrien conseguiu deixar a Agreste na clínica, mas se arrependeu no exato momento que havia saído pela porta de vidro.

Quando voltou um dia depois ficou extremamente decepcionado por encontrá-la dormindo na hora das visitas.

Ficou um tempo com ela, mas logo depois pediram para o mesmo sair pelo limite do horário de funcionamento para visitantes do lugar.

O que não agradou o loiro foi quando aquela situação se repetira por duas semanas seguidas fazendo o francês tirá-la da clínica.

Quando finalmente havia a encontrado, ele a abraçou, mas não fora retribuído mais pela esposa.

Adrien pensava que com aquilo as coisas melhorariam, mas não fora como ele imaginou.

Marinette nem se quer olhava nos olhos dele no primeiro dia que haviam voltado para casa, ela se sentia de certa forma traída, mas o pior não era isso e sim, o sentimento de que ela fazia mal para o seu marido, ela era o motivo dos problemas dele.

Pela situação desagradável em casa, o homem retomou com as sessões de terapia, não só sua esposa, mas ele também.

— Era bom lá. — a azulada diz com o típico tom distante. — Eu conseguia dormir muito bem a noite com os remédios que eles me davam. — suspira cansada.

— Esse era o motivo pelo que Adrien te tirou de lá. — a morena leva o suco de laranja a boca. — Eles não te ajudaram em nada aceitando o seu suborno.

O vácuo de silêncio voltava a se instalar no meio do diálogo entre as exs melhores amigas.

O movimento das pessoas voltam a se instalar, muitos de seus amigos estavam ali e pareciam ter sido postos numa mesa estratégica, algo que mais a irritava.

Não demorou muito para que todos estivessem sentados na mesma mesa, um ao redor do outro.

Mas não era só Marinette que possuía seus problemas naquela mesa por mais que fosse uma das mais prejudicadas.

— Os últimos shows foram incríveis...— Zoe comenta entusiasmada olhando para Juleika. — Vocês precisavam ter visto e escutado!

A Couffaine retribui a loira com um sorriso.

— Foi realmente uma pena eu não ter estado lá. — a voz doce agora distribuía apenas frases satíricas que não causavam humor algum até para ela mesma.

A conversa que se misturava com as demais ao seu redor de repente perdiam o som para que toda a atenção fosse direcionada para a pessoa mais calada daquele ambiente, algo irônico já que num passado nem tão distante a mulher era a mais tagarela dentre todos.

Os olhares daqueles que mais a admiravam e possuíam apreço de sua presença esperavam com que a Agreste reproduzisse qualquer fala se quer, mas a azulada parecia estar se divertindo com aquele silêncio dominado pela sede de expectativa no que a mesma completaria.

— Teria sido mais que especial a sua presença. — a estrela do rock quebra o silêncio.

— Sabem como as coisas são, não é mesmo? — seu rosto que antes buscava ao menos um pouco de gentileza agora voltava a ser rígido. — Um dia te levam para um restaurante e no outro te internam numa clínica hospitalar. — solta uma risada amarga enquanto pega mais uma taça de vinho da bandeja do garçom. — Essa vida é cheia de surpresas. — beberica a bebida com os olhos intercalados em cada um na mesa.

Todos sentem o ar de provocação direcionado a cada um naquela mesa, até porque os amigos estavam cientes daquela situação muito antes de ocorrer e deram total apoio ao Agreste.

Adrien que estava bem ao lado da esposa no local onde a bolsa feminina guardou seu lugar não pode deixar de se sentir chateado por mais um comentário infeliz vindo dos lábios mais lindos e gentis que jamais pensaria um dia chegar a magoá-lo tanto.

— Você já bebeu demais essa noite. — o loiro diz tirando com cuidado a taça da mão da mestiça.

— Isso sim é um motivo para eu voltar para lá. — finge uma feição pensativa. — Quem concorda levanta a mão. — abre um pequeno sorriso para as pessoas ao seu redor.

Os rostos não eram nada amigáveis ou divertidos, pelo contrário, se encontravam horrorizados e extremamente  desconfortáveis com aquela "cena".

— Foi assim que decidiram da última vez?

— Quando vai crescer? — O Graham não se segura se intrometendo, mas logo se cala pela correção dada por sua esposa com um tapa que colide em seu ombro.

— Quando vão querer falar do fato que ao invés de concentrarem suas forças na assassina da Lila gastam o tempo de vocês se intrometendo na minha vida? — joga o guardanapo de pano que antes limpava o pouco resquício de vinho em sua mão na mesa com força.

Quando a mais baixa se levanta logo é seguida pelo esposo que segura o pequeno pulso com cuidado tentando acalmar a mulher e não chamar mais atenção do que já havia chamado.

Mas não obtém sucesso algum, apenas recebe uma carranca nenhuma um pouco amigável da senhora Agreste que rapidamente puxa seu braço de volta.

As orbes azuis frias passam fuzilando cada curioso em sua volta trazendo enorme constrangimento e até mesmo medo para cada um deles antes de resolver partir para os corredores.

— A comida acabou de chegar, está quente, vamos nos acalmar, por favor. — Nathaniel tenta fazer com que as coisas voltassem ao eixo, mas é completamente ignorado pela azulada que já se encontrava há passos de distância sendo acompanhada pelo loiro.

Os corredores longos cheios de pinturas molduradas de prata e ouro davam a visão da sombra da azulada e o barulho dos saltos finos contra o porcelanato atual do grande salão.

Quando a mesma chega na porta recebe seu sobretudo de uma das empregadas e logo joga o tecido preto por cima dos ombros se aproximando da Lamborghini vermelha que passa na frente da grande mansão.

A porta logo é aberta sem atraso algum e um dos seguranças seguram com delicadeza a mão da mulher que denunciavam as unhas vermelhas dando facilidade para que a mesma entrasse no automóvel vermelho safira que brilhava com a luz do luar.

— Marinette, por favor. — dá três toques no vidro com o indicador.

[...]

A Agreste fora a primeira a chegar em casa, a mesma não deixou Adrien entrar no carro por mais que ela quisesse estar em seus braços. Ela não podia, ele precisava esquecê-la logo.

O azedo agradável do vinho misturado com o gin faz a mesma torcer um pouco o nariz, a franco-chinesa havia pego as bebidas na adega de seu marido.

Ela estava no escritório do mesmo e da grande janela de vidro dava para ver perfeitamente o carro dos Lahiffe parar em frente ao grande portão de grades de ferro da mansão e o loiro alto trajado descer do veículo acompanhado da mulher mais velha que era como uma mãe para o francês, Natalie.













Back to black [Adrinette]Onde histórias criam vida. Descubra agora