Eight

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A mão inquieta da mulher de traços orientais passa pela superfície da cama macia procurando o corpo do marido após acordar e não sentir o calor do mesmo ou os braços quentes envoltos nela como de costume

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A mão inquieta da mulher de traços orientais passa pela superfície da cama macia procurando o corpo do marido após acordar e não sentir o calor do mesmo ou os braços quentes envoltos nela como de costume. As pálpebras se comprimem de uma forma que forçava pra que abrisse seus olhos, algo que era difícil por sua enorme quantidade de sono acumulado há tempos.

Ainda com muita dificuldade coloca os pés sobre o porcelanato gelado logo se arrependendo e buscando pelas pantufas aquecidas e confortáveis que pareciam um abraço em seus pequenos pés que chegavam a ser tão brancos que com aquele leve contato gelado já os deixava vermelhos assim como a ponta do seu nariz arrebitado.

Assim que ergue toda sua postura ficando em pé o cobertor que antes a cobria é deixado na cama com suas próprias mãos fazendo ela se arrepender mais uma vez de um ato repentino daquele momento. A brisa gélida que vinha da sacada pega todo o corpo delicado e antes quente pelo cobertor agora aparentemente quase desnudo desprotegido.

Com o balançar dos ombros a mestiça tenta afastar os arrepios que passavam por seu corpo e os finos espirros que começavam a se revelar. Sem pensar muito ela corre até seu closet em busca do quimono de pura camurça onde a deixava quentinha. 

Seus pés vagam até a sacada fechando a porta de vidro com pressa e a trancando cuidadosamente com a chave que já estava ali impedindo que mais ventanias a incomodasse no quarto. Mas sua curiosidade a convence de procurar o marido e de certa forma, sua saudade também era um motivo, fazia algum tempo que Marinette não ficava daquele jeitinho com Adrien e assim como ele, isso a fazia muita falta, por mais que ela o afastasse muitas vezes por medo de perdê-lo como havia perdido seu pai e Emma.

Sua visão não estava das melhores, parecia o caminho estar tudo embaçado por mais que a maioria das luzes estivessem acesas, algo que não passou despercebido pelas majestosas orbes azuis. Ela não sabia se sua dificuldade de enxergar era pelo sono ou pelos remédios, talvez pelos dois.

No fim das escadas a Agreste agradeceu por não ter tropeçado ou caído em nenhum degrau, parecia que sua técnica de se segurar sobre o longo corrimão de vidro tenha funcionado melhor do que imaginava. 

Cansada de procurar o loiro, algo que não precisou se esforçar muito para conseguir devido a enorme sonolência que carregava, a azulada resolve ir até a cozinha em busca de água ou qualquer outra coisa que estivesse em sua frente para matar sua enorme sede que havia acabado de perceber.

Vagando por alguns corredores que a lembravam de serem o caminho até aonde desejava chegar ela se depara com duas portas grandes brancas aparentemente de correr fechadas que traziam para ela um ar familiar, mas não parecia ser a sua cozinha especificamente.

A famosa designer dá de ombros, se não fosse sua cozinha, o que de pior poderia vir a acontecer? Não ser sua cozinha? Aquela era a sua casa, se não fosse o cômodo esperado a mesma fecharia as portas e voltaria a procurar o lugar onde haveria algo para beber e se desse sorte encontraria o esposo.

Back to black [Adrinette]Onde histórias criam vida. Descubra agora