Pessoas mudam, mas nem sempre são para melhor. Algumas ganham um brilho especial e outras perdem os seus e ganham uma luz nova ou até mesmo, a ausência dela.
Acontecimentos e pessoas influenciam essas mudanças e isso ficava cada vez mais óbvio para...
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Como o veículo aeronáutico que o Agreste havia usado não era nada mais, nada menos do que um jatinho particular, o voô beirou a quase um pouco mais de duas horas e meia por questões dos fenômenos climáticos daquela bela, porém chuvosa manhã de domingo.
A noite mal dormida rendeu um Adrien super ranzinza e mal humorado no início da viagem aérea que foi praticamente obrigado por Natalie e o casal Graham que iam juntos ao homem tirar um cochilo até o pouso em Paris. Por mais ansioso que estivera e totalmente contrário aquela ideia, seu corpo precisava muito ceder a um mínimo descanso e assim foram passadas as últimas horas.
Mesmo Félix sendo um homem adulto formado que se encarregava totalmente da administração financeira na empresa e considerado deveras maduro para sua idade, para ele era irresistível ver o primo dormindo e não poder fazer nada. Precisou se contentar com apenas uma mísera selfie que conseguiu arrancar a permissão de sua esposa para aquele feito.
[...]
As mãos femininas tocam suavemente no ombro relaxado do maior acariciando de leve o local enquanto a mulher o chamava baixinho:
— Acabamos de chegar, querido.
As pálpebras com os cílios loiros que eram incrivelmente longos dão uma leve apertada rapidamente num piscar se abrindo logo depois delatando as lindas orbes esmeraldas agora um tanto avermelhadas por conta do tempo que estavam cerradas. As mãos sobem até os fios loiros bagunçando os mesmos como sua mania habitual de quando acorda e sem pensar duas vezes sua atenção vai até o celular.
— A Marin me ligou? — é a primeira coisa que diz com a voz um pouco rouca por ter acabado de acordar.
— Seu celular acabou descarregando no meio do voo, não tenho certeza se ela mandou algo depois disso. — a Sancoeur vai até o aparelho que estava em cima do verniz que carregava celulares automaticamente pegando o de Adrien e voltando para perto do mesmo o entregando. — Mas acabei ligando por precaução e ela disse que está morrendo de saudades.
— Obrigada, Natalie. — se levanta e deixa um selar fraterno na bochecha da outra se sentindo um pouco mais aliviado.
— Que bom que está de bom humor agora. — ela sorri para ele que a corresponde com outro sorriso do mesmo tamanho e fechado. — Porque vai precisar quando se encontrar com seu primo.
— Aquele idiota fez merda para variar. — encara a mais velha enquanto deduz. — Falando nele, aonde ele está? — pergunta já praticamente saindo do jatinho e ajudando cautelosamente a mulher a descer as escadas com ele.
— Parece que houve uma urgência com a senhora Tomoe.
— Aquela lá vai demorar para bater as botas. — comenta entrando dentro do carro após o motorista abrir para Natalie e o mais alto logo entrar atrás. — Para a infelicidade do meu priminho.
Podemos dizer que a sogra do Graham não simpatizava nenhum um pouco com ele e de acordo com o londrino estava tudo bem, porque ele compartilhava daquela inimizade. Todos os encontros de família eram cobertos por piadas ácidas e insinuacões nada legais vindas da parte de ambos tanto da sogra quanto do amável genro.
Adrien também não guardava muitas coisas boas da Tsurugui por mais que a mesma puxasse sardinha para o CEO em qualquer oportunidade que tinham quando se encontravam em eventos, totalmente diferente do que a senhora japonesa fazia com a esposa do ex-modelo, a conservadora tinha uma aversão declarada a Marinette e isso o deixava furioso permitindo esses tipos de comentários sobre a mãe de Kyoko às vezes escapar por pura insatisfação ou raiva.
— Não fale assim, ela é uma ótima investidora da Agreste's. — o olha de canto de olho o repreendendo.
— Eu sei que você concorda comigo, Natalie, e nada que disser vai me fazer mudar de ideia. Especialmente depois de você ter chamado ela de mal amada na última virada do ano quando estava sob efeitos alcoólicos.
— Não insultei e nem falei de morte, disse apenas a verdade. — dá de ombros com sua típica postura elegante.
O loiro apenas concorda rindo.
[...]
Durante o caminho para casa seu aparelho celular estava sendo carregado até ter o suficiente de energia para ligá-lo e verificar sua caixa de mensagens, não havia nada demais, apenas uma linda foto de sua esposa no espelho contando que iria sair com Nathaniel para almoçar. Era estremamente bom ver a vida de sua amada voltar ao seu curso normal, mas a ameaça da Rossi poder acabar com tudo mais uma vez ainda martelava em sua cabeça o deixando apreensivo e com raiva.
Assim que ele passa pela porta da frente o aroma familiar que tanto era apaixonado entra em contato com suas narinas, o gatuno amava o fato que a casa possuía simplesmente o cheiro dela registrado em cada canto sequer ou seria na verdade ele que era tão viciado em seu perfume para encontrá-lo nos mínimos lugares pelos cômodos? Ele não saberia responder, talvez os dois.
A chave simplesmente é deixada em cima da mesa de jantar e logo os passos largos são direcionados ás escadas que o levaria para o segundo andar onde ficavam os quartos, em especial o que o parisiense queria chegar era a suíte de casal principal que era o seu quarto e da mestiça. O loiro deixa o celular sobre a bancada de mármore tecnológica que servia exatamente para carregar o smarthphone, mas obviamente sem a necessidade de um cabo.
Suas roupas são deixadas na cama dobradas adequadamente por mais que seu instinto fosse jogá-las rapidamente e ir até o boxe sem preocupações, mas Marinette obviamente surtaria se encontrasse tamanha baagunça em sua cama sagrada. Sem falar que ele fora criado para ser alguém organizado, metódico e com muitas outras qualidades "perfeitas" que Adrien não conseguia ignorar mesmo agora sendo um adulto.
Depois de estar totalmente despido os fios loiros são enfiados para de baixo do chuveiro, seu plano era encontrar a azulada no tal restaurante que ela estaria com o amigo ruivo.
A toalha branca é enroscada sobre sua cintura assim que ele desliga o registro do chuveiro e uma outra branca se encontrava em suas mãos secando agora as madeixas claras vagamente enquanto calçava seus chinelos e ia em direção ao seu quarto mais uma vez.
Assim que entra em seu quarto o que lhe chama mais atenção é o fato de seu celular estar vibrando com a tela acesa o informando que havia algumas várias chamadas perdidas de minutos atrás em seu histórico telefônico digital fazendo com que ele franzisse o cenho preocupado já começando a ter uma sensação ruim sobre aquilo, o indicador desliza de forma apressada no botão que retornava as ligações enquanto o francês torcia por dentro que o atendessem rapidamente.