Pessoas mudam, mas nem sempre são para melhor. Algumas ganham um brilho especial e outras perdem os seus e ganham uma luz nova ou até mesmo, a ausência dela.
Acontecimentos e pessoas influenciam essas mudanças e isso ficava cada vez mais óbvio para...
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O homem de fios loiros após acomodar a esposa em seu quarto com a grande panela de massa italiana e o pote de biscoitos arranjou uma desculpa que precisaria tratar de alguns assuntos sobre a empresa com Natalie no escritório do primeiro andar na mansão.
— Natalie está aqui? — franze as sobrancelhas azuis confusa.
— Está sim, mon amour. — limpa com o polegar de maneira carinhosa o canto da boca feminina que estava manchada com o molho vermelho do macarrão.
— Agora? — ela o olha com aquelas orbes grandes claras ainda mais curiosa.
O francês acena positivamente continuando concentrado em limpar a lambança que a mulher fazia ao redor dos lábios com o líquido pastoso vermelho.
— Deve ser importante. — diz supondo o óbvio. — Do que vocês estão falando? — questiona sem demonstrar muito interesse.
O mais alto afasta o polegar do rosto quase asiático rapidamente sentindo seu interior gelar com a pergunta inesperada.
O mesmo tinha uma grande dificuldade, que era mentir para Marinette. Algo impossível que nunca conseguia fazer, a verdade era que o Agreste não queria mentir para ela.
Num ato automático leva o polegar ao lábio sentindo o sabor do molho de tomate se instalar em sua boca assim que entra em contato com a mesma.
— Quanto amor. — a voz doce o tira dos seus pensamentos dominados pelo nervosismo. — Me ama tanto assim? — ela se refere ao último ato do loiro. — Você não tinha fama de ser nojentinho, senhor Agreste? — brinca com a reputação que o ex-modelo carregava na adolescência.
De repente todas as emoções anteriores no corpo masculino somem dando espaço a outras completamente diferentes, seu coração parecia bater mais rápido ao escutar a esposa usar seu sarcasmo cômico para algo bom depois de todo esse tempo.
Os lábios pêssego acabam sendo obrigados a se abrirem num pequeno, mas sincero sorriso.
— O que foi? — pergunta sem entender o silêncio e a reação confusa do esposo.
— Eu te amo, my lady. — puxa o corpo pequeno para seu peito deixando a mesma num firme aperto de seus braços. — Obrigada por estar de volta, senti sua falta, joaninha.
[...]
Após deixar uma joaninha um tanto sonolenta no quarto do segundo andar da mansão o Agreste desce pelas escadas um pouco mais aéreo que o normal com a cabeça longe.
Sua feição muda quando chega a ficar de frente para a porta do escritório, o mais alto solta um longo suspiro adotando uma expressão mais séria.
Não demora muito o ex-modelo abrir a porta atraindo a atenção dos demais dentro do cômodo para ele.
— A senhora Agreste está bem? — a mais velha pergunta ajeitando seus óculos de maneira formal.
— Sim. — acena positivamente para Natalie sem parecer dar muita importância enquanto andava. — E você sabe que ela não gosta que você a chame assim. — se senta no lugar de antes.