Back to black [Adrinette]

Twenty-five

Marinette Dupain-Cheng

Mais uma vez naquela noite repouso minhas mãos em meu ventre preocupada me recordando mais uma vez de algo que eu tentava esquecer a todo momento, o motivo de ter saído hoje na verdade era esse, para me esquecer que a maldita Rossi deu as caras em um assalto de algum laboratório em Paris há pouco mais de uma semana.

A vigarista estava mais próxima do que nunca e isso anda me atormentando constantemente desde o noticiário sobre, a todo momento me sinto angustiada mesmo não querendo e isso é péssimo para o bebê, o que faz eu me culpar ainda mais de estar passando este estresse para o meu filho que jurei proteger de qualquer forma.

— Sua respiração está pesada, amor. — ele retira com cuidado um pouco de cabelo da minha nuca deixando para trás e aproximando seu rosto dali. — Por favor, não faz isso. — seu tom cauteloso não deixava de ser também sério. — Eu já disse que vou resolver isso e que vocês dois estão seguros. — o polegar longo acaricia uma das minhas mãos em minha barriga. — Os últimos exames tiveram resultados bons, não quero que isso mude.

Encosto minha cabeça em seu peitoral suspirando cansada com aquela situação, estamos sentados em um dos sofás de couro macios da sala de Félix, ainda não sei como esse antissocial desumano frio permitiu fazerem uma festa em sua casa, Kyoko deve ter a ver com isso obviamente. A casa deles é a menos conhecida, eles conseguiram manter uma vida no anonimato mesmo a japonesa sendo uma atleta mundialmente conhecida e por isso era o lugar ideal dessa vez.

— Então vamos focar nesse momento que estamos apenas nós três. — beija a área exposta em meu pescoço. 

— Não vai ser muito difícil. 

[...]

As orbes esmeraldas enigmáticas brilhavam intensamente em minha direção enquanto o homem de estrutura alta se destacava passando pelos demais na espécie de pista que nossos amigos dançavam arduamente com sorrisos divertidos aproveitando o som animado, ele parecia voltar para perto de mim depois de ter se levantado para fazer algo que ainda não havia me revelado.

O sorriso maroto confiante acompanhado das covinhas fofas o denunciava sempre, deixava claro que aquele gato estava aprontando alguma, mas quando sua mão foi estendida em minha frente não pensei nem duas vezes antes de agarrá-la.

O seu toque era como um amante ao meu corpo que aceitava aquilo de forma tão necessitada e encantada por ele que até eu me surpreendia por perder o fôlego quando as mãos masculinas aquecidas pressionavam agora a minha cintura com extrema vontade me direcionando até o centro da sala, talvez fossem apenas sintomas bobos da minha gravidez como o doutor havia avisado.

As duas mãos tomam total controle da minha cintura de uma vez só num impulso e as minhas vão para cima buscando pelos fios loiros em que eu não conseguia deixar de tocá-los. O mais alto aproxima os nossos corpos em um movimento lento dando tempo para que eu conseguisse me aconchegar em seu aperto e sentir o maravilhoso cheiro de seu perfume assim que encaixo meu rosto na curva de seu ombro.