Rafaela
Nunca pensei que fosse dizer isso, mas que arrependimento de não ter feito isso antes. O cara é um ogro, estúpido, quer tudo do jeito dele, mas ele conhece bem uma mulher. E como conhece.
Ainda estava extasiada, sentada no balcão, do mesmo jeito que ele me deixou. Até sentir as mãos dele subindo as alças do meu pijama. Logo em seguida, apertou meu maxilar e me deu um selinho.
— Isso aqui é pra tu abraçar o papo quando eu te falo uma parada. — ele diz ainda me olhando com o rosto bem próximo ao meu.
— Tu nunca vai mandar em mim, Caveira. — dessa vez eu que aperto o maxilar dele e devolvo o selinho que me deu.
Ele não responde. Eu desço da bancada e ajeito meu short, encho meu copo de água mais uma vez e vou em direção as escadas. Sinto ele andar atrás de mim e quando viro pra porta do quarto do Lucas, sinto ele me puxar pelo braço.
— Bora dormir comigo. — semicerro os olhos. — Sem maldade, Rafaela. Papo reto.
Não respondo, mas também não reluto. Passo na frente dele e sigo pro quarto de hóspedes que ele está dormindo. Quando chego lá a porta está fechada e como não sei se posso abrir, espero ele tomar iniciativa.
— Entra. — ele diz abrindo a porta com uma mão e me dando um tapa de leve na bunda, o que me faz encarar ele. Mas eu gostei e muito.
Entro na frente dele e coloco o copo de água da mesinha de apoio do lado da cama. Deito, me enrolando inteira. Esse quarto está um gelo. Passo os olhos pelo quarto procurando o dito cujo e vejo ele indo em direção a varanda. Ele encosta no parapeito e tira um baseado do bolso, acendendo logo em seguida.
Olho pra mesinha de apoio e vejo o celular dele em cima. Clico na tela só pra poder ver a hora. 7h45. Olho de volta pra ele, que agora virou o rosto de perfil e percebo um semblante preocupado. Gostoso. Levanto da cama e vou de encontro à ele, abraçando suas costas e passando a mão no abdômen definido e sem camisa. A mão dele que está desocupada pousa sobre as minhas, enquanto a outra ainda segura o baseado.
— Tá tudo bem? — pergunto baixinho, já esperando a ignorância dele vir à tona.
— Suave, pô. — ele vira ficando encostado no parapeito e de frente pra mim. — Só marolando, mermo.
— Dorme nunca? — pergunto rindo e ele rir também.
— Cabeça para nunca, morena. — ele coloca meu cabelo atrás da orelha.
— Eu gosto de ti assim. — digo baixinho.
— Acostuma não. — responde dando uma tragada. — Vai deitar, pô. — dá dois tapas na minha bunda.
— Já passou da hora de dormir. Não consigo mais. — digo e ele assente. — Vou me vestir pra ir pra casa.
— Bora tomar um café maneiro e eu te deixo na tua goma. — ele diz apagando o baseado e eu vou entrando no quarto sendo seguida por ele.
Vou pro quarto do Lucas, tomar banho e me vestir. Isso leva uns bons minutos e suponho que já seja mais de 8h00. Procuro meu celular e quando encontro vejo que descarregou. Pego ele colocando no bolso do meu short. Procuro a roupa que usava ontem e dobro tudo pra guardar na minha bolsa da faculdade, mas não encontro.
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A Primeira Dama do Tráfico
Fanfictionele que sempre foi jogo doido, vetin da rua ela acreditava em horas iguais, ela amava a Lua