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Rafaela

O baile estava muito tranquilo. A única coisa que ainda estava acontecendo era a guerra fria entre o PK e o Matheus. Acho que se eu tivesse como entrar no pensamento deles, iria ouvir coisas assustadoras nesse momento. 

Mas eu não me intimidei com isso, não. Já avisei várias vezes pro Matheus que o PK é meu amigo. Agora se eles quiserem se matar, que seja entre eles. 

— Rafa!! Vamos descer — Marcela puxa meu braço e fala um pouco mais alto no meu ouvido. 

— Acho muito difícil o seu marido deixar você descer com o baile lotado desse jeito, Marcela. 

— Deixa que eu sei dobrar ele. — respondeu me fazendo rir e me puxando em direção aos meninos. 

Depois de um bom tempo desde que cheguei, meu olhar bateu diretamente com o do meu homem, que estava virando o resto da bebida que tinha no copo, que eu chuto que seja whisky. A medida que eu me aproximava, o cheiro do perfume dele me chamava e meu corpo todo começou a responder a ele, sem que ele precisasse nem ao menos falar comigo. 

— Qual foi? Tão querendo o que, já? — TH diz me tirando dos meus pensamentos. 

— Amor, será que não pode mandar algum dos meninos descer com a gente? Queria muito ver o movimento lá embaixo. — minha amiga diz sentando no colo do seu marido e me deixando paralisada na frente do homem mais gostoso que eu já vi. 

— Não tem ninguém confiante o bastante pra descer com vocês duas, Marcela. Sossega aí. — TH diz enchendo o copo que estava seco. 

Olho pra onde eu estava relutando e vejo o Matheus dar dois tapinhas na sua perna, me fazendo entender que era pra eu sentar nela e assim eu fiz. 

Ele encheu o copo com Old Parr e segurou o mesmo com a mão direita. A esquerda que estava livre, fez um carinho gostoso nas minhas costas, depois no meu cabelo e senti ele enrolá-los em sua mão e puxou um pouco para trás. 

— Quer fazer o que lá embaixo? — disse no meu ouvido e eu não consegui responder. Na verdade, com ele assim perto de mim, eu não estava conseguindo nem pensar. — Hum? Diz pra mim, pô. — continuou dando um beijo no meu pescoço. 

— A gente só vai dançar um pouco. Lá é sempre mais animado. — tirei forças do além pra responder ele, que soltou meu cabelo e me deu um impulso pra levantar, ficando entre suas pernas e ele com a mão nas minhas costas. 

— D2, me arruma um de confiança pra levar a Marcela e a Rafaela lá pra baixo. — ele disse no radinho e me olhou. — Vem cá. — me aproximei ainda mais dele e encostei a cabeça no seu ombro, sentindo meu corpo amolecer com o carinho que ele seguia fazendo em mim. — Quando tu quiser algum bagulho, me pede, pô. 

Eu nunca vou me acostumar como esse homem faz tudo muito tranquilo. Eu já vi ele alterado algumas vezes desde que nos conhecemos, mas por situações muito específicas. Porque normalmente, ele consegue fazer tudo pensado, calculado. 

— Fala, chefe. — Um menino que não conheço se aproximou de nós com um fuzil pendurado na frente do corpo. 

— Tu vai levar elas lá embaixo, elas vão ficar por pouco tempo e vão voltar em segurança. Certo? — ele disse se levantando e ficando de frente pro menino. O tom de voz dele já tinha mudado completamente. 

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⏰ Última atualização: Sep 25 ⏰

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