Um irmão?

52 3 11
                                    

Claire sai do dojô, totalmente revoltada. Ela não queria ver Aylla perdendo tão feio.

Alguns minutos se passam, e ela tem companhia.

- Ela conseguiu. - Comenta Falcão, se sentando ao lado da garota no banco.

- O que? - Pergunta, confusa.

- Aylla. - Olha para Claire. - Aylla ganhou. - Repete, agora com mais clareza.

- Não é possível. - Fala, incrédula, mas feliz pela garota. - Linkon é um dos melhores lutadores, El... Falcão. Desculpa, ainda estou me acostumando com esse nome.

- Relaxa. - Sorri. - Linkon deixou ela ganhar. Óbvio que isso não foi porque ele quis, Nichols mandou. - Revela, fazendo Claire se surpreender.

- Nichols? Asher Nichols? - Pergunta, retoricamente. Ela não parecia acreditar. - Não é possível, ele é mesquinho demais para isso, Falcão. - Fala.

- Eu posso te surpreender, Diaz. - Aparece Asher por trás, sorrindo. Ele estava de braços cruzados, sorrindo de canto.

Claire se aproxima.

- Por quê você fez isso? Não é do seu feitio. - Cruza os braços, assim como ele.

- Presente de boas-vindas, Clarinha. - Ironiza.

- "Clarinha" é o meu lance, cara. Qual é a de vocês? - Falcão levanta, se juntando aos dois.

- A culpa não é minha se "Claire" não tem nenhum apelido. - Pausa. -Até depois, ave. - Provoca Nichols, voltando para dentro e piscando para a Diaz.

Falcão parecia furioso pelo seu novo apelido. Ele não podia passar por isso. Não de novo.

- Relaxa, cara. Ele é irrelevante. - Claire tenta acalmá-lo. Ela coloca uma das mãos em seu peitoral e a na sua mandíbula, acariciando.

Moskowitz sorri fraco para ela.

- Vamos voltar. - Corta Claire, indo de volta para o dojô.

Eles fazem a saudação.

- Diaz. - O sensei chama. - Venha aqui comigo. Rápido. - Ele abre uma parte da porta do escritório, para que Claire entre.

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunta, talvez um pouco preocupada.

- Sua mãe está no telefone.

A felicidade de Claire desaparece.

- Desliga. - Ordena, como um pulo.

- Ela insiste em falar com você. Não vou resolver esse tipo de coisa, não tenho nada a ver. - Jack sai, deixando a Diaz sozinha. Ela e o telefone. Ela e a mãe.

- O que você quer? - Pergunta, ao colocar o telefone no ouvido.

- Claire! Como foi o reformatório? - Pergunta, do outro lado da linha.

- E desde quando você se importa? - Fala, se sentando na cadeira do Lawrence.

- É claro que eu me importo, você é minha filha. - Se defende, aumentando o volume da voz.

- Se você realmente se importasse, não me largaria sozinha no momento em que eu mais precisava de você. - Retruca. - Jack é mais minha família do que você, Candy. - Ela quase grita, mas se controla.

A fúria de lembrar que sua mãe abandonou ela para ficar com um homem, esmaga o peito de Claire.

- Não diga isso, sua ingrata. Eu cuidei de você por todos esses anos, te aturei, te dei comida, te dei lar e você me agradece assim? - Candy finalmente grita.

𝐊𝐀𝐑𝐀𝐓𝐄 𝐂𝐎𝐁𝐑𝐀'Onde histórias criam vida. Descubra agora