CLAIRE DIAZ NARRANDO
Eu me lembro o quanto gostava de dançar com Eli Moskowitz antes de ser presa. Éramos grandes amigos, e eu gostava dele. Amava, na verdade. Sinto muita falta. Não consigo acreditar no que ele se tornou. Há poucos minutos atrás estava correndo atrás de mim feito um desmiolado. Não consigo e nem quero imaginar o que ele teria feito se tivesse me alcançado. Tenho calafrios.
Estou dançando com Linkon. Lágrimas de choro escorrem pelo meu rosto, mas não estou chorando mais. Estou sorrindo, assim como o garoto em minha frente, que segura firmemente minha cintura, enquanto sua mão está segurando a minha e me conduzindo.
Não era ele quem eu queria que estivesse aqui comigo agora. É tudo que penso.
Sinto falta do antigo Eli Moskowitz. Sinto falta de quando ele não se chamava Falcão.
Sinto falta de dançar as músicas apaixonadas de Bruno Mars à luz do luar. Olhando em seus olhos. Suas pupilas dilatadas, assim como as minhas.
De repente, vejo Eli em Linkon. Estou à beira da loucura.
Sou obrigada a me dar um choque de realidade. Vou para longe de Linkon e me sento no sofá para não cair. Estou tonta. Sinto que vou vomitar.
Todas as memórias com Eli vieram à tona. Não quero pensar nisso, mas não consigo. Eu amo ele. Eu odeio ele. Tudo ao mesmo tempo.
Eu amo o antigo Eli e odeio o novo Falcão.
Preciso ver meu pai. Preciso ver meu irmão.
Não posso vê-los hoje. Estou confusa. Preciso descansar.
— Claire? — A mãe de Linkon me chama.
Eu estava sentada no sofá da enorme sala da casa deles, paralisada, olhando fixamente para um canto. Linkon me observava em pé.
— Sim? — Respondo sem olhá-la.
— Venha comigo, querida.
Me levanto, meio perturbada.
Só o consolo de Eli Moskowitz conseguiria me acalmar agora — eu desabaria em seus braços, me permitiria chorar — e eu só queria ele.
— Você pode dormir nesse quarto, o meu é do lado. — Ela sorria calmamente.
— Onde Linkon vai dormir? — Pergunto, tentando não parecer grossa. — Não me leve a mal… obrigada por me deixar passar a noite aqui, sério. — Digo, sorrindo fraco e alisando meu próprio braço.
— Na sala, querida, não se preocupe. Eu vou dormir, boa noite. — Ela ia entrando para sua porta, mas antes de fechá-la, virou-se para mim. — Durma bem, não fique preocupada, aqui você está segura. — E entrou completamente.
Solto um sorriso genuíno instantaneamente. Sinto falta de um amor materno.
Linkon está forrando o sofá com um lençol no instante em que eu volto para a sala. Ele permanece sério ao me ver.— Boa noite, C. Dorme bem! — Ele falou calmamente.
Nunca ouvi sua voz tão suave na minha vida. Me sinto em casa de tão confortável.
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𝐊𝐀𝐑𝐀𝐓𝐄 𝐂𝐎𝐁𝐑𝐀'
Teen Fiction🥋 - 𝗗𝗲𝗽𝗼𝗶𝘀 de sair do reformatório, 𝗖𝗹𝗮𝗶𝗿𝗲 𝗗𝗶𝗮𝘇 retorna a Los Angeles para recomeçar sua antiga vida no caratê. Dentre todas as confusões, ela lida com sua vida, que apesar de ser muito complicada e cansativa, tem a ajuda de 𝗝𝗮𝗰�...