Reconciliação?

22 2 6
                                    

Era madrugada, e Lawrence, que cochilava no sofá, leva um susto ao ouvir a campainha tocando.

Ele pula do sofá, e vai direto abrir a porta.

— Onde você estava? O que aconteceu? — Ele pergunta, passando milhares de coisas por sua mente. — Já soube da briga na escola, mas eu preciso ouvir de você. Não confio muito em Bella. — Lawrence encara Claire, e puxa ela para dentro.

Estava frio lá fora, e agora, a polícia procurava por ela.

A Diaz estava paralisada, e com os olhos cheios de lágrimas, fala, pela primeira vez:

— Você se importou? — Pergunta, sentindo uma lágrima escorrer.

Ela ainda tinha hematomas pelo corpo, mas não se importava em esconder.

— É claro que eu me importei, pirralha. — Fala. — Do nada, eu fico sabendo que teve uma briga do caralho no colégio, e aí, me contam que você sumiu assim que um garoto foi arremessado escada abaixo. Fiquei preocupado. — Revela.

Claire, apesar de tudo, ficou feliz de ouvir essas palavras de sua figura paterna mais próxima.

Ela sabe que com Bella era mais difícil, e que não ser a favorita de seu próprio pai deve doer muito, mas Claire também não tinha muito para dividir.

— Eu quase causei danos mais graves na sua filha. — Fala, com a voz embargada, tentando não desmoronar.

Não era verdade. Claire causou “danos mais graves” sim, mesmo que tenha sido no calor do momento.

Você é minha filha, Diaz. — Puxa a garota para um abraço. — Me sinto muito mal por Bella, mas ela não bate bem juízo. É igualzinha a mãe. — Acaricia os cabelos.

Claire solta uma risada anasalada.

— O que eu vou fazer quando a polícia me achar? — Pergunta, com medo.

— Eles só queriam seu depoimento do que aconteceu. Não vou deixar que te levem de volta para aquele inferno. — Ele diz, se referindo ao reformatório.

Ela assente, meio receosa.

— Relaxa, garota. Se forem procurar alguém para levar, você sabe, vai ser o seu amiguinho Águia. — Era para ser como um conforto, mas não foi.

— É Falcão, pai. — Corrige.

— Tanto faz!

Claire sorri de leve, se soltando do abraço.

— E aí? Vai me contar ou não? Eu estou curioso, porra! — Pergunta, se jogando no sofá.

— Eu estou cansada e está tarde. — Argumenta, abrindo a geladeira e pegando uma bolsa para colocar nos ferimentos.

— E daí? Você já voltou mais tarde daquela festa, eu lembro. Eu vi. — Retruca. — E também não duvido que o Falcão tenha te deixado quase paraplégica. — Ri.

— Jack! — A morena joga a bolsa nele, como um ato de defesa.

— E eu estou mentindo? — Pergunta, retoricamente.

— Não que seja da sua conta, mas sim, está mentindo. — Claire se senta ao seu lado no sofá, colocando a bolsa de gelo no ferimento do rosto.

— Vai contar ou não? — Se vira para ela, já irritado.

— Bella pegou o microfone da escola, para avisar que sabia que eu tinha beijado o namorado dela, e que eu ia pagar por isso. — Começa. — Daí, o sinal tocou, e rolou uma briga daquelas! Bom, para falar a verdade, eu sou muito melhor que ela. — Ela para alguns segundos, pensando. — Bella vai ficar muito mal quando processar tudo isso direito. — Comenta, assim que se toca. — Cortei seu braço com minha pulseira de espinhos de metal. Eu não me arrependo, mas tenho pena que ela desenvolva traumas com tudo isso. Apesar que foi ela quem começou.

𝐊𝐀𝐑𝐀𝐓𝐄 𝐂𝐎𝐁𝐑𝐀'Onde histórias criam vida. Descubra agora