𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐇𝐀𝐍𝐂𝐄. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.

76.

Raphael Veiga

Tudo estava dando muito certo pra ser verdade. Confesso que me subiu um ódio indescritível quando vi aquela mulher.

- Mari, por favor. Precisamos da sua ajuda.

Ela veio andando em direção ao altar, mas foi barrada por Gabriel e Lucas.

- Minha ajuda? Não é muito conveniente você aparecer justo no meu casamento?

Mariana falou com a voz trêmula.

- Mari seu pai está preso. Foi acusado injustamente por um crime que não cometeu.

A mãe de Mariana respondeu tentando se soltar de Lucas e Gabriel.
Mariana foi andando devagar até ela, enquanto eu segurava seu vestido.

- Injustamente? Eu quase morri por causa de vocês. E NENHUM DE VOCÊS DOIS, ME PROCUROU PRA OFERECENDO AJUDAR.

- Mari a gente viajou há trabalho, não sabíamos de nada o que estava acontecendo.

- Mas eu já sei de tudo. PRINCIPALMENTE QUE VOCÊS DOIS SÃO UNS MONSTROS.

A mãe de Mari começou a chorar e eu tentava acalmar Mariana, que só se aproximava ainda mais.

- Eu- eu fui sequestrada, abusada, eu perdi UMA FILHA. E quando vocês estavam do meu lado? QUANDO??

- Você está sendo injusta. A gente te criou.

- Me criaram no meio de mentiras e ilusões. Por que vocês escoderam a Paula de mim?

- Essa garota não tem nada haver com nosso padrão familiar. Ela veio de uma família de mesquinhos.

Agora a merda estava ainda maior. Paula veio igual um furacão.

- VOCÊ MATOU MINHA MÃE? E EU QUE SOU MESQUINHA?

Gabriel soltou a mãe de Mari e segurou Paula.

- Paula, você está grávida.

- Tomara que essa criança puxe o genes do pai. Porque se puxar você ou sua mãe, é mais uma vagabunda no mundo.

Arregalei os olhos com o comentário inacreditável da mãe de Mariana.

Paula se soltou dos braços de Gabriel e meteu o tapa na cara dela, que caiu no chão.

- LAVA A SUA BOCA PRA FALAR DO MEU FILHO.

Mariana chorava desesperada e suas mãos tremiam.

- Raphael, eu tô...

Ela tentava me falar alguma coisa enquanto puxava o ar.

- Vou te tirar daqui amor. Gomez, tira essa mulher daqui por favor.

Pedi pro Gomez que estava atrás de  mim com a cara preocupada, assim como todo o elenco do Palmeiras.

Levei Mariana pra fora da tenda e sentei ela em uma cadeira que tinha ali na areia.

Segurei suas mãos e ela me encarou ainda com falta de ar e com as lágrimas caindo. Que merda, essa vagabunda estragou o dia da minha mulher.

- Ela-ela estragou... meu... casamento.

Mariana me falava soluçando e eu estava quase chorando junto.

- Eu sei amor. Eu sei. Mas ainda não acabou, a gente pode voltar lá e...

- E-eu não co-consigo respirar...

- Tudo bem. Vamos nos acalmar. Inspira e solta devagar.

Inspirei e soltei devagar junto com Mariana pra que ela entendesse como era pra fazer.