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Raphael Veiga

Já esperava que uma merda fosse acontecer quando Leila entrou na sala, mas não esperava que a merda fosse as duas caindo no tapa.

Nunca vi esse lado de Mariana, achei que só a Paula era um pouco surtada da família, mas pelo visto não. Sou contra qualquer tipo de agressão, acho que não resolve nada.

Porém, o fato dela ter batido na Leila pra me defender foi algo, sei lá, satisfatório.

- VOCÊ TÁ MALUCA PORRA?

- Ah pronto, vai ficar do lado daquela mocreia?

Dei gargalhada.

Não, não vou ficar do lado dela, de nenhuma das duas na verdade, foi uma cena engraçada de se ver, melhorou meu dia.

- Você está rindo?

Ela me perguntou sem entender.

- Amor, você é completamente maluca. Caiu no tapa com minha chefe, eu posso ficar sem emprego.

- Sem emprego você não vai ficar, tem um monte de time querendo você.

Ela cruzou os braços e fez cara de brava.

- Não vou brigar com você amor. Demorou até muito tempo pra isso acontecer.

- Então você já esperava que eu fosse bater nela?

Dei risada.

- Bater não, por que eu nunca acho que agressão é uma solução. Mas eu já esperava uma confusão.

- Desculpa amor. Eu não sou assim, é só que, eu não aguento essa mulher com essa perseguição em cima de você.

- Não acredito que seja perseguição Mari, ela só pensa no Palmeiras e às vezes isso prejudica a relação dela com os jogadores, ela confude ser chefe em ser..

- Uma vaca sem noção.

Mariana completou e eu dei risada.

- Agora eu preciso voltar tá!? Vou pedir desculpas, tomar uma multa ou sei lá, uma assinatura de demissão na carteira.

Ela deu risada.

- Vai lá amor. Vou pedir um Uber.

- Que Uber o que. Minha mulher não anda de Uber não. É perigoso.

- Ava Raphael, eu vim de Uber.

- Veio?

- Não, eu vim montada no cavalo igual as três mosqueteiras da Barbie.

- A ignorância do cavalo você já tem, só falta montar mesmo.

- É por isso que eu monto em você.

- Nem em mim tá montando mais.

Gargalhamos juntos.

Levei Mari pra casa e voltei o mais rápido que pude pro CT. Entrei procurando por Leila, mas ninguém sabia me dizer onde ela estava, aliás, óbvio que sabiam, só não queriam me falar. Todos os jogadores estavam no campinho treinando, me sentei na arquibancada e fiquei observando eles.

Quando o treino acabou, formaram uma rodinha ao meu redor, querendo saber o que aconteceu.

- Por que a discussão começou?

Dudu perguntou.

- Quem bateu primeiro?

Zé também perguntou.

- A Mariana tá bem?

Scarpa continuou a sessão de perguntas.

- Gente calma.

𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐇𝐀𝐍𝐂𝐄. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.Onde histórias criam vida. Descubra agora