𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐔𝐌𝐀 𝐂𝐇𝐀𝐍𝐂𝐄. - 𝐑𝐀𝐏𝐇𝐀𝐄𝐋 𝐕𝐄𝐈𝐆𝐀.

82.

6 meses depois...

Mariana Lima

Estava no meu penúltimo mês de gestação, minha barriga estava enorme, meus peitos estavam enormes, meus pés super inchados e eu não conseguia fazer muita coisa sem cansar, mesmo assim eu tentava seguir plena.

Uma das únicas coisas que eu conseguia fazer e que o Veiga me deixava fazer, era buscar o Bernardo na escolinha. E ele adorava ir pra escolinha, estava mais esperto do que nunca e mais bagunceiro também, na verdade eu tinha duas crianças em casa, porque o Raphael também não fica muito para trás na bagunça.

Amanhã vamos ter um almoço aqui em casa, e vai ser nesse almoço que eu finalmente vou contar pro Gabriel que ele vai ser padrinho da Alana, e confesso que nem dormi direito por causa disso.

Eu e Raphael ficamos na dúvida de quem seria a madrinha, ele queria dar para a mãe dele e eu queria que fosse a Paula, então pra não dar confusão, concordamos que nossa filha teria dois padrinhos, Gabriel Barbosa e Gustavo Scarpa.

Parece loucura quando se lê esses nomes, eu sei, mas os dois além do Raphael, foram os que mais me ajudaram e me fizeram perguntas sobre minha gestação, e isso é muito importante pra mim, a pessoa se interessar e querer saber se eu e minha filha estamos bem.

Vai ser amanhã também que eu vou finalmente ver o Benício andar, filho da Paula com o Piquerez. Inclusive, os dois estão se dando muito bem, concordaram em morar juntos pra criar o Benício como uma família unida, e eu estava torcendo para que os dois voltassem a namorar.

Falando em namoro, vocês acreditam que a Sarah e o Endrick se assumiram recentemente? Eu nem fiquei chocada, porque Endrick já tinha me falado que pretendia pedir ela em namoro. Agora o Veiga, a bão, surtou, quase deserdou o amigo por não ter falado nada pra ele.

Nesse momento eu estava com o carro estacionado na porta da escola de Bernardo, já era horário de buscar ele. Saí do carro e fui andando devagar até o portão da escola, aonde fiquei esperando.

- Mamãeeee.

Ele veio correndo e ia pular em mim, mas freou os pés.

- Quase esqueci do neném mamãe.

Dei uma risada pelo nariz.
Bernardo aprendeu muito a falar desde o dia que entrou pra escola, ele ainda embolava algumas coisas, mas a maiora das palavras saíam.

- Oi meu amor. Como foi na escolinha?

- Boa. O abigo do papai ael veio aqui.

Franzi a testa enquanto andava com Bernardo até o carro, colocando ele na cadeirinha e o prendendo no cinto.

- Que amigo de papai?

- O titio dedes, titio belto, titio tássio...

- Que? Quem são esses?

- VAI CORINTHIAAAAAS.

Arregalei os olhos com o grito de Bernardo e até me enforquei com meu próprio cinto que eu tentava colocar.

- Q-quem te ensinou isso?

Bernardo deu uma gargalhada gostosa de criança.

- Titio dedes.

- Puta que pariu, quem são esses?

Sussurei comigo mesma, já que eu evitava falar palavrão na frente do Bernardo.

- VAI CORINTHIAAAAS.

- Bernardo pelo amor de Deus, não grita isso perto do seu pai.

- Por que?