Capítulo 31

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-- Vamos até a cidade semana que vem? - Sabina perguntou, se sentando ao lado de Any, que estava deitada sobre sua cama.
-- Para quê? -- Any indagou.

-- Precisamos te comprar algumas roupas. Sou maior do que você e tudo te aperta. Sem contar que você precisa experimentar calças e bermudas.

-- Não tenho dinheiro. -- Any disse enquanto acariciava a própria barriga. Havia terminado de comer e estava mais do que satisfeita.

-- Não perguntei isso. -- Sabina disse e Any negou.

-- Não quero abusar. Já estou ficando aqui de favor.

-- Não é de favor, você me ajuda nos afazeres daqui, cozinha para mim sempre e ainda doa sangue e espermatozóide. -- Sabina disse e Any a olhou com dúvida. -- Por favor...

-- Só porque é impossível dizer não para você com essa carinha. -- Any disse e Sabina sorriu.

-- Você está tão linda hoje. -- Sabina disse suspirando. -- Digo, agora está corada. Não está tão pálida quanto uns dias atrás.

-- Você não tem mais tirado meu sangue por esses dias. -- Any disse e Sabina desceu seus olhos para a mão da outra, que brincava com o cós da cueca.

-- Os shorts que servem em você logo secarão e não vai mais precisar ficar só de cueca. -- Sabina alertou.

-- Não ligo de ficar só de cueca. Está muito calor.

-- Mas eu ligo. -- Sabina disse e ia se levantar, porém a mão de Any segurou seu braço.

-- Por quê? -- Any perguntou e Sabina prendeu a respiração.

-- Porque fico sem graça. -- Sabina confessou. -- E inevitável olhar. Não estou acostumada com pênis no mundo. -- Sabina disse e Any assentiu.

-- Certo. -- Any disse se sentando e segurando a mão de Sabina antes de depositar um beijo sobre o dorso da mesma. -- Vou ficar aqui embaixo do lençol para você não ficar envergonhada, tudo bem? -- Sabina a fitou e assentiu erguendo a vista para olhá-la.

--Você ainda pretende ficar virgem para sempre? -
- Sabina não resistiu em perguntar. Essa pergunta habitava sua mente havia dias. -- Tipo, não se envolver com ninguém...

-- Eu me envolveria com você. -- Any foi sincera, vendo Sabina a olhar surpresa. -- Mas aparentemente você não me quer mais, então...

-- Por que acha isso? -- Sabina perguntou.

-- Eu tenho um pênis. -- Any disse como se fosse mais do que suficiente aquele argumento.

-- E eu uma vagina. Preciso de um argumento válido. -- Sabina disse. -- Você quem fugiu de mim e não o contrário.

-- Fugi porque não podia deixar você saber que eu tinha um pênis. Me beijando do jeito que você beijou seria fácil acordá-lo, mesmo se ele estivesse em coma. -- Sabina riu, porém a batida na porta a fez se afastar.

-- Conversamos depois?

-- Não pretendo ir à lugar nenhum. -- Any disse apontando para as roupas que vestia e Sabina
assentiu, indo até a porta.

O Último pênis- Sabiany/ LarinasOnde histórias criam vida. Descubra agora