O vento quente fazia as garotas suarem, afinal estavam sem a proteção das árvores, que há muito haviam ficado para trás. O único barulho que escutavam eram o dos corvos que cantavam hora sim, hora não.
Sabina sentiu a mão de Any em seu pulso e se virou, encontrando a expressão de medo no rosto dela.
-- Eu falei para pararmos, aqui acaba o matagal. é campo aberto. Não é melhor voltarmos? -- Any perguntou e Sabina se virou para ela de vez.
-- Só estamos avaliando o perímetro. Você já pisou para lá antes?
-- Só de noite. É campo aberto, Sabina, não gosto de, você sabe, chamar a atenção.
-- Ninguém vai tocar em você, eu prometo. --
Sabina sussurrou, acariciando o rosto de Any. --Não há ninguém por aqui, mas se houver temos armas.-- Não sei... -- Any disse e Sabina voltou a acariciar o rosto da maior sem se importar se as outras veriam ou não.
-- Como roubava comida na grande cidade se tem medo de sair em lugares abertos?
-- De madrugada. -- Any confessou e Sabina
suspirou.-- Confia em mim, ninguém vai te descobrir.
Sabina pediu e Any mordeu seu lábio inferior, tendo a voz de sua mãe se repetindo em sua cabeça para não confiar em ninguém, que ela dizia isso para defendê-la, porém Sabina sempre a tratara bem, não via razão para não confiar.-- Quero meu striptease hoje. -- Any disse para descontrair e Sabina riu.
-- Terá, sua safada. -- Sabina disse em um sussurro.
-- Eu não. Ele. -- Any disse, apontando para o meio de suas pernas.
-- Vem. -- Sabina disse, seguindo as outras que já estavam no campo aberto. A maior sentiu os dedos de Any se entrelaçarem nos seus e ela soube que aquela era uma forma da maior se sentir mais segura.
-- E se ficarmos aqui nos agarrando enquanto elas vão? - Any sugeriu. -- O mato aqui é bem mais alto do que ali, elas nem veriam.
-- Proposta tentadora, mas faz parte do meu trabalho.
-- Era parte dele quando vocês achavam que o vírus do ar impedia o cromossomo Y de ficar vivo.
Hello! Olha só... -- Any disse, retirando o pinto para fora e fazendo Sabina a olhar chocada.-- Alguém pode ver, esconda isso! -- Exigiu.
-- Viu? O ar não mata ele, pelo contrário, ele está desfrutando do ventinho. -- Any disse, fechando os olhos e sorrindo.
-- Any Gabrielly, se alguém mais ver seu pênis eu vou fazer questão de arrancá-lo.
-- Viu só, amigão? Possessiva. -- Any disse olhando seu pênis murcho enquanto ela o balançava.
-- Ele está tão caidinha por mim. -- Any disse com a voz mais fina, como se tivesse sido o pênis a
reproduzir aquela fala.-- Eu falo pelo seu bem, mas se leva tudo na brincadeira o tempo inteiro, fique sozinha com esse pênis caído então. Tenho mais o que fazer. --Sabina disse irritada e Any arregalou os olhos, guardando seu pênis rapidamente.
-- Não, desculpe! -- Any disse rapidamente, segurando seu braço.
-- Você toca seu pênis suado e vem pôr a mão em mim?
-- Você já pôs a boca e sabe que ele é limpinho, mas desculpe. -- Any disse, removendo a mão do braço de Sabina de forma envergonhada.
-- Não pode levar tudo na brincadeira sempre, Any. -- Sabina disse e Any assentiu suspirando.
-- Eu sei, desculpe. Só queria que entendesse que não faz sentido perder tempo queimando os corpos, Bina. Esse tempo você poderia tentar achar o que tanto quer.
-- Eu sei. -- Sabina confessou desanimada. - - Só não posso dizer a elas que já achei o bendito cromossomo Y e por isso tenho que continuar com
isso.-- Está bem. -- Any disse, entrando em campo aberto de dia pela primeira vez na vida dela. Sabina a olhou surpresa, percebera o medo nos olhos de Any, mas por ela a maior o enfrentou. -- Você vem ou não? -- Sabina sorriu e assentiu.
-- Quem chegar por último nelas fica uma semana com a faxina. -- Sabina disse assim que alcançou
Any, disparando de correr e ouvindo a risada rouca no fundo a seguindo.
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O Último pênis- Sabiany/ Larinas
FanfictionQuando, por algum motivo misterioso, todos os homens são infetados por um vírus fatal, só restam mulheres no mundo. Os poucos homens que sobreviveram ficaram definhando, o que levou as mulheres a matarem cada um deles para evitar o sofrimento. Contu...