O dia tinha sido tão estressante que minha cabeça estava a ponto de explodir. Nem quinze minutos de almoço e três reuniões quase que seguidas fecharam o meu dia na empresa com chave de ouro. Por sorte, era sexta-feira e eu poderia descansar pelos próximos dois dias. Agora eu entendia como vovó se sentia e o porquê de chegar tão irritada e cansada da empresa.Estacionei o carro na garagem e encostei a cabeça no encosto do banco sentindo-a latejar. Eu só precisava tomar um remédio, deitar e dormir um pouco. Desci do carro e entrei em casa dando de cara com Dulce que vinha da cozinha, ela abriu um grande sorriso ao me ver.
— Oi, meu amor! Como foi seu dia? – Ela veio até onde eu estava e me abraçou, depositando um selinho demorado em meus lábios.
— Estressante e exaustivo. Minha cabeça está doendo, preciso deitar um pouco.
— Vai tomar um banho, eu levo remédio para você no quarto amor. Não quer jantar antes?
— Prefiro deitar primeiro, acabei comprando um salgado quando saí da empresa porque estava morrendo de fome.
— Tá bom, então vai lá. Eu levo o remédio para você.
— Obrigado – Dei um beijo em sua testa e subi para nosso quarto.
Tomei um banho relaxante, que já ajudava bastante a amenizar a indisposição. Depois, vesti um short e sai do banheiro. Dulce estava sentada na cama e me olhava com preocupação. Estava sentindo apenas uma dor de cabeça, mas o modo como ela se preocupava era como se fosse algo mais sério, ela sempre foi assim e mesmo que não admitisse, eu admirava isso nela.
Agradeci mais uma vez quando ela me entregou o comprimido e o copo com água. Ela pegou o copo de volta e eu me deitei, ligando o ar condicionado e me cobrindo. Ela se levantou e ia sair do quarto. Nem acreditei quando as palavras saíram da minha boca como se eu não tivesse controle sobre minhas ações.
— Pode ficar aqui comigo?
Ela me olhou e sorriu.
— Vou apenas levar o copo na cozinha e volto para deitar com você.
Apenas assenti e a observei sair do quarto. Estranhamente, só consegui descansar quando ela deitou e se aninhou em meu peito.
(...)
Já eram um pouco mais de dez horas da noite, eu estava bem melhor e havíamos acabado de comer pizza. Foi mais fácil e confortável pedir comida do que fazer.
— Comentei com Anahí que você tinha encontrado a Bruna essa semana e ela me disse que encontrou uma foto nossa daquela época. – Dulce comentou pegando seu celular para procurar a tal foto. Rapidamente ela virou a tela do celular para mim.
Era uma foto dos dois grupinhos junto. Dulce estava abraçada com Anahí um pouco abaixadas e eu as abraçava, era engraçado ver o quanto Dulce estava vermelha na foto.
— Por que você estava vermelha? – Encarei-a sorrindo.
— Eu gostava de você.
Arregalei os olhos e precisei segurar o riso.
— Você gostava de mim?
— Você já sabe essa história, Christopher.
— Conta de novo, eu adoro ela – menti. Eu precisava saber.
— Foi uma vez que você me defendeu daquela menina que adorava me zoar. Nenhum menino tinha me defendido assim antes e eu me encantei por você, mesmo que já não nos déssemos bem antes. Na verdade, eu acho que nunca superei a queda que tinha por você, apesar de dizer que te achava feio e sem graça,mesmo tentando evitar de todas as formas acabava me sentindo mexida quando você estava perto demais.
— Eu era um grande babaca com você, só te defendi aquela vez porque estava com uma bronca gigantesca daquela menina. Ela me dava nos nervos.
— Você era um babaca mesmo, mas minha queda por você continuou.
— Depois do que Bruna me contou e eu não lembrava, fico me perguntando porque deixamos isso dessa forma por tanto tempo. Você mexia comigo também.
— Acho que as coisas acontecem como tem que acontecer. Todas essas coisas precisaram acontecer exatamente desse jeito para que estivéssemos aqui hoje. Sua avó está tão orgulhosa do homem que você se tornou e eu também! – ela sorriu e eu não pude deixar de sorrir também.
Dulce tinha razão. Apesar de eu não saber ainda o que está acontecendo comigo, se nada disso tivesse acontecido nós não estaríamos aqui hoje. Eu não a veria com outros olhos hoje. Não entenderia que preciso ter responsabilidade para que minha avó possa ter a aposentadoria que merece e curtir a vida.
— Eu te amo – Ela falou se aproximando.
— Eu também te amo. – sorri e a beijei.
Não sei exatamente o que sentia por ela ainda, era tudo muito recente e fresco em minha cabeça ainda, mas existia um sentimento totalmente novo para mim. Ele estava aqui e eu estava pronto para explorá-lo e entender tudo o que estava sentindo em relação a Dulce.
Eu finalmente entendi que seja lá o que estava acontecendo comigo era para que eu aprendesse a ser o homem que já havia passado da hora de me tornar e descobrir sentimentos que nunca pensei que sentiria, mas que aparentemente estavam aqui o tempo todo.
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Pessoal, comentem, por favor. Os comentários de vocês são extremamente importantes. ♥
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Wishes
Fanfiction(CONCLUÍDA) Christopher Uckermann é um mulherengo irresponsável que não quer saber de mais nada além de farrear, deixando sua avó Cecília de cabelos em pé, não sabendo mais a quem recorrer para que seu neto tomasse jeito! Um dia, ele acorda casado...