Capítulo 20 - Parte 2

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Dulce.

Eu sabia que em um momento ou outro eles ficariam juntos, mas não sabia que seria tão rápido assim. Estava feliz por eles, assim como Christopher, Maite e Christian.

Quando saímos, Christopher explicou que Christian havia esquecido sua carteira no carro e quando foi pegar, viu um casal conversando no canto do estacionamento e não teve dúvidas que eram os dois. Principalmente quando um carro que estava saindo ligou os faróis e iluminou um pouco mais aquele canto.

Simplesmente não conseguia acreditar que não tínhamos percebido que estava acontecendo algo entre Anahi e Poncho, mas estava muito feliz por eles. Principalmente por ver como eles estavam sendo carinhosos um com o outro durante a festa. Com certeza foi muito mais agradável do que seria se eles estivessem brigando como antes.

Mai estava muito animada e não pretendia ir embora tão cedo, Christian era o motorista da noite, mas eu não queria ficar mais tempo ali.

As coisas haviam esquentado durante nossa dança, mas eu não tinha certeza se ele havia entendido minhas intenções quando eu disse que queria ir para minha casa. Ele parecia ter se sentido frustrado.

Nos despedimos de nossos amigos e Christopher chamou um táxi, dizendo que me acompanharia até em casa para ter certeza que eu chegaria bem. Precisei segurar o riso e decidi que só falaria minha real intenção em ir embora quando chegássemos.

— Estou feliz por eles - Eu disse encarando-o. Já estávamos a caminho de minha casa.

— Também estou- Ele sorriu - Mas estou ainda mais feliz por nós.

Ele acariciou meu rosto e eu não pude deixar de sorrir. Minha pele se arrepiou assim que houve o contato, era incrível o efeito que Christopher sempre teve sobre meu corpo, cabeça e coração. Esse era o maior motivo que eu sempre quis de todas as formas odiá-lo e hoje eu sei que ele se sentia exatamente do mesmo jeito que eu. Quando nos beijamos pela primeira vez, me perguntei várias vezes depois em como adiamos e evitamos tanto esse momento. Sempre foi tão explícito e apenas nós dois não conseguimos enxergar.

— Você não sabe o quão feliz eu estou ultimamente, Dulce. Desde que nos acertamos parece que algo dentro de mim se preencheu, um vazio que eu tentava de todas as formas ignorar.

— Digo o mesmo, Christopher. E o mais maluco é que todos viam nossos sentimentos, menos nós.

— Porque é muito mais fácil observar quando se está de fora, Dulce. Mas o importante é que finalmente paramos de tentar esconder isso - ele se aproximou e me beijou. Um beijo tão gostoso e ao mesmo tempo que era intenso, também era tão delicado e lento. Como se estivéssemos apenas nós dois ali, esquecemos onde estamos e quem está por perto.

Não percebemos quando o taxista parou em frente a minha casa, apenas ouvimos uma pigarra dele e nos separamos assustados.

— Dorme bem e até amanhã - Ele beijou minha testa.

— Entra comigo? - Rocei nossos lábios e Christopher arregalou os olhos.

— Tem certeza?

— Tenho - Sorri.

Christopher sorriu e pagou o taxista. Saímos do veículo e ele me seguiu até portão de minha casa, assim que fechamos o portão, ele me puxou contra seu corpo e voltou a me beijar. Enrosquei meus dedos em seu cabelo, o beijo ficava cada vez mais intenso e cheio de desejo.

— Vamos acabar fazendo algo aqui, Christopher - eu disse rindo, entre o beijo.

— Não seria nada mal - ele mordeu meu lábio - Mas vamos entrar.

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