Capítulo 22

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— Olá – Dulce disse sorrindo ao entrar em meu carro.

— Olá – sorri e ela me deu um selinho.

É o dia em que iremos jantar na casa de minha avó que estava muito animada. Ela dizia estar realizando um sonho em nos ver juntos. Desde que fez o convite e eu disse que Dulce poderia vir, ela me perguntava todos os dias se realmente aconteceria. Nunca a vi tão animada assim antes.

— Vovó está muito ansiosa – eu disse quando acelerei.

— Ela me mandou mensagem três vezes hoje perguntando se o jantar ainda estava de pé – Dulce disse rindo.

— Ela está realmente muito animada que estamos juntos.

— Mais uma pessoa que enxergava o que a gente não conseguia.

— Vovó sempre soube, desde a primeira vez. Mas é como eu disse, minha linda, é muito mais fácil ver as coisas quando se está de fora.

— Eu concordo. Hoje entendo isso.

Coloquei a mão na perna de Dulce que pousou sua mão sobre a minha. Olhei-a rapidamente e vi que ela estava sorrindo.

— Estou tão feliz por nós - Eu disse.

Era tão bom estar finalmente assumindo meus sentimentos, foram tantos anos tentando deixá-los de lado, tentando me convencer de que eu apenas não suportava ela. Sei que tudo acontece quando e como tem que ser, mas desde que acordei do coma às vezes me pego pensando em como seriam as coisas se já estivéssemos juntos há muito tempo e seu fosse um homem mais responsável.

— Eu também, Ucker - ela acariciou minha mão - Você não faz ideia do quanto.

Durante o resto do caminho até a casa da minha avó, seguimos assim e ouvindo algumas músicas. Estou ansioso para ver como minha avó irá reagir quando chegássemos, certamente só vai faltar pular de tanta alegria. Quando chegamos, estacionei meu carro em frente a casa e descemos, Dulce entrelaçou nossos dedos e nós entramos. Antes que pudéssemos chegar na porta, minha avó a abriu, sorridente.

— Vocês chegaram! Meu Deus, como estou feliz por ter você aqui, Dulce! - ela se aproximou e abraçou Dulce fortemente - Nem acredito que vocês estão juntos! Estou tão feliz por vocês! - ela segurou o rosto de Dulce com as duas mãos e a olhou - parece até que é um sonho!

— É realidade, vovó - eu disse rindo.

— Ganhei meu dia só por te ver tão feliz com a minha chegada, vó Cecília - Dulce disse sorrindo com aquele jeito cativante que sempre encantou a todos.

Uma coisa que Dulce sempre foi, desde pequenininha, é meiga e cativante. Todos sempre a elogiavam muito por seu jeitinho de falar e agir, ela conseguia encantar a todos em poucos segundos, mesmo sendo tímida em um primeiro momento.

— Como não ficar feliz, minha linda? Sempre torci por vocês! Você é como uma neta para mim, eu tenho um carinho e amor enorme por você!

— Assim eu fico com ciúmes, vovó - Fiz bico, fingindo estar chateado.

— Não seja bobo, Christopher! - ela riu - Você sempre será o meu nenezão - apertou minha bochecha.

— Um lindo nenezão, vó - Dulce disse rindo e apertando minha bochecha também. Mostrei a língua para ela.

— Venham, entrem! O jantar já está pronto.

Nós a seguimos até o interior da casa e nos sentamos a mesa que já estava com todos os pratos da noite em cima. Outra marca registrada de dona Cecília são seus jantares, não importa quantas pessoas são, ela sempre prepara um banquete. E geralmente ela prepara o prato favorito de cada um, é sempre tudo uma delícia.

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