— Isso era realmente necessário? — pergunto Poncho se aproxima de mim.
Ela e meu melhor amigo decidiram que seria uma ótima ideia fazer uma festa para comemorar a minha vida. Eu, particularmente, não queria nada daquilo, mas não consegui dizer não a minha avó. Sabia o quanto ela tinha sofrido enquanto eu estava em coma.
— Vovó Cecília precisa distrair a cabeça um pouco, Christopher. Foram três meses de sofrimento, nunca a vi tão abalada assim antes. Ela deu a ideia e pediu minha ajuda. — ele me encarou — Não gosta mais de festas também?
— Sim, mas não gosto de ser o motivo da festa. Só não fui contra por causa da vovó.
Observei minha avó dançando com meu pai no salão e vê-la sorrindo me deixava muito feliz. Quando Poncho me contou o quão mal ela ficou, me senti péssimo em saber que a causei tanta dor. Por isso, mais do que nunca queria dar muito orgulho a ela.
— Dulce vem? - perguntei após olhar em volta e não encontrá-la.
— Eu a chamei, ela disse que vem. — ele franziu o cenho — Está interessado em Dulce?
— Eu só perguntei porque ela ajudou muito a vovó.
Alfonso me olhou desconfiado, mas não insistiu no assunto. Eu jamais poderia contar o que aconteceu comigo, ele não entenderia e me chamaria de louco assim que eu falasse sobre ele a Anahi.
Precisava falar com Dulce para pedir que ela me ajudasse a juntar Anahí e Alfonso. Sei que ela também percebia o quanto eles se gostavam. Também queria vê-la, sentia sua falta.
Tudo parecia ter sido tão real. Eu sentia falta de seus abraços, beijos e o modo apaixonado como ela me olhava. De noite, quando me deito, é estranho não estar dividindo a cama com ela. Nunca imaginei que sentiria isso e estaria tão entregue a algo que não aconteceu realmente. Como é possível?
Ouvi meu amigo pigarrear e o observei, ele agora estava sério e podia vê-lo apertando o copo em sua mão. Olhei na direção em que ele olhava e vi Anahí entrando com o cara que estava ficando. Não me lembrava o nome dela, mas parece que estavam ficando há umas três semanas apenas, segundo meu melhor amigo.
— Como ela consegue estar com um cara tão sem graça? — ele murmurou. Precisei morder meu lábio para não rir.
— Está incomodado? — perguntei.
— Não — ele revirou os olhos e só então desviou o olhar deles, mas não me olhou — Só não sei como ela consegue estar com um cara tão babaca. Ele só sabe falar de seus músculos e academia e o quanto é difícil manter uma boa forma.
— Mas eu pensei que você não estava nem aí para ela.
— E não estou! Só acho que até ela deveria arranjar alguém melhor do que ele.
— E o que seria alguém melhor do que ele? — arqueei a sobrancelha ainda segurando o riso.
— Porra, Christopher! Deixa de ser chato! — revirou os olhos e se afastou.
Só então consegui rir, mas meu riso não durou nem cinco segundos, porque logo Dulce apareceu e estava tão linda que meu coração apertou de saudades. Na outra realidade era possível até mesmo sentir o cheiro do perfume dela e eu sabia que me sentiria embriagado só de sentir quando ela se aproximasse.
Como se sentisse que eu estava a olhando, ela se virou em minha direção e sorriu. Observei-a se aproximar e pude sentir meu coração quase sair pela boca. Eu nem sabia mais dizer o que estava sentindo. Como sempre, quanto mais eu tentava compreender toda a situação, menos eu conseguia.
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Wishes
Fanfiction(CONCLUÍDA) Christopher Uckermann é um mulherengo irresponsável que não quer saber de mais nada além de farrear, deixando sua avó Cecília de cabelos em pé, não sabendo mais a quem recorrer para que seu neto tomasse jeito! Um dia, ele acorda casado...