Epílogo

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4 anos depois…

Observo Arthur, que hoje tem seis anos e Ayla, que tem cinco brincando no jardim da casa da vovó. Eles adoram passar os finais de semana com ela, os dois se dão muito bem e vivem grudados para cima e para baixo. Vovó também está sempre com eles e chega a ser engraçado vê-la brincar de algumas coisas.

Maite e Christian também viraram papais, mas decidiram que iriam embora para Nova York, sempre foi o sonho de Nina morar lá. Eles tem um lindo casal de gêmeos, Marina e Gustavo.

— Ela se diverte muito com eles, né? — Dulce se aproxima com nossa filha no colo, Laura, que tem apenas seis meses.

— Acho que é difícil saber quem está mais empolgado com a brincadeira — Rimos.

Laura estende os bracinhos, se jogando para que eu a pegue no colo. Sorrio e faço o que ela pede, beijando sua cabeça.

— O que Arthur tem de apegado a mim, ela tem de apegada a você — Dulce ri.

— É preciso equilíbrio para não dar brigas — brinco, rindo também.

Diferente da gravidez de Arthur, a de Laura foi planejada. Sempre quisemos que Arthur estivesse grandinho quando Dulce engravidasse novamente, assim seria mais fácil dele entender as coisas e também queríamos curtir ele. Inclusive, o pontapé final para que decidíssemos engravidar naquele momento, foi quando Arthur começou a pedir uma irmãzinha.

Ele é completamente apaixonado pela irmã, está sempre cuidando dela. Quis aprender a trocar fralda e está sempre ajudando Dulce. Já sei que será um irmão protetor e ciumento, o que é bom porque vou precisar de um parceiro quando ela estiver maior. O irmão não vai ser o único ciumento.

Laura colocou a mãozinha em meu rosto e sorriu. Aquele sorrisinho banguela e sempre com baba era capaz de ganhar o que quisesse comigo. Ela parecia mais comigo, mas tinha os olhos de sua mãe.

— Preciso pegar uma fraldinha para você parar de babar também, papai? — Dulce brinca e me abraça, enquanto limpa a baba de nossa filha com o paninho.

— Eu sou realmente um homem de sorte! — digo.

— Não há dúvidas, meu amor. Olha a mulher incrível que você tem do lado! — ela pisca.

— Gostosa mesmo — falo baixo e Dulce ri.

— Você quebrou o meu brinquedo! — escuto a voz de Arthur bravo e olhamos para onde eles estavam.

— Eu não fiz por mal! — Ayla diz sem graça.

— Você devia ter mais cuidado com as coisas, Ayla. Não quero mais você perto dos meus brinquedos!

— Você é um grosso, Arthur! — Sai batendo os pés para dentro de casa e sei que está chorando.

Vovó que está observando tudo, cruza os braços e olha em nossa direção. Eu já vi aquela história antes e não vou deixar ela se repetir.

— Vai lá, amor. Eu vou conversar com Ayla — Dulce diz e eu concordo.

Vou até a vovó e entrego Laura para ela que logo sai de perto cantando alguma música para a menina.

Arthur está sentado no chão enquanto tenta arrumar seu boneco do Buzz do Toy Story. A asa está quebrada e provavelmente não tem conserto.

— Meu filho, o que houve? — pergunto e me sento ao seu lado.

— Ayla quebrou meu brinquedo favorito — responde emburrado.

— E isso é motivo para brigar com ela?

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