Wishes

Capítulo 18

Dulce estava tão linda que foi inevitável não me perder em tanta beleza. Meu coração parecia querer sair por minha boca quando ela apareceu em meu campo de visão, sorrindo para mim enquanto se aproximava.

— Você está linda, Dulce! – eu disse sorrindo.

— Você também está lindo, Christopher – ela sorriu e me cumprimentou com um beijo na bochecha.

Abri a porta do carro para ela, em seguida dei a volta e entrei também. Dei partida e fui para um restaurante que tinha ali perto, que eu sabia que era o restaurante preferido de Dulce.

— Anahí não para de falar no Poncho. Nunca a vi tão mexida assim antes.

— Ele também não para de falar dela, está bem confuso com tudo.

— Qual é a dificuldade de duas pessoas que se gostam assumirem os sentimentos e ficarem juntas? – Dulce perguntou e eu concordei.

— Eu também adoraria saber... – parei no meio da frase.

De repente, percebi o quanto nós dois nos encaixamos naquela pergunta também. Sempre agimos da mesma forma que Anahí e Poncho, claro que eu pegava muito mais pesado, mas ela também não era isenta da culpa.

Acho que sempre fui muito arisco ao amor, não sei dizer ao certo o porquê de evitar tanto. Eu só não fazia a menor questão de me envolver sério com alguém. Nunca passava de algumas noites, nunca. Exceto com Belinda, mas eu de fato nunca gostei dela e sempre fui bem escroto. Era tão irônico que só bastou um coma para que eu despertasse com uma visão totalmente diferente. Eu enxergava Dulce como a mulher da minha vida e não sei como iria lidar com isso se no fim ela não me quisesse como o homem da sua vida também.

— Acho que às vezes há tanto assunto mal resolvido, que os dois nem chegaram a pensar direito sobre.

— Realmente... – ela concordou – O orgulho nos deixa cegos.

— Completamente.

Estacionei o carro e a vi sorrir quando percebeu que estávamos em frente ao seu restaurante favorito.

— Eu amo esse lugar!

— Eu sei disso.

Ela me olhou surpresa e com um sorriso ainda maior no rosto. Foi necessário reunir muito autocontrole para não beijá-la.

Saí do carro e abri a porta para que ela saísse também. Ofereci meu braço para que ela enroscasse seu braço no meu. Entramos no restaurante e eu a guiei até a mesa, sempre me policiando para ser um grande cavalheiro.

Já sentados e após escolhermos o que iríamos comer, Dulce me encarou e sorriu.

— Como você sabe que esse é meu restaurante favorito?

— Sabendo – pisquei.

Eu não poderia dizer que a ouvi dizer em uma das vezes que estava observando-a em uma conversa animada com Anahi e Maite. Precisaríamos entrar em um assunto muito mais profundo e eu acho que não estávamos preparados para isso ainda.

— Alguém te disse? – ela insistiu.

— Um dia te conto, pode ser?

Ela me encarou semicerrando os olhos, mas em seguida sorriu.

— Não vou me esquecer, hein?

— Eu sei – sorri.

— Você está tão diferente – ela disse enquanto me encarava.