Capítulo 2: Bebida é uma ótima forma para curar feridas

446 56 7
                                    

Chaeyoung, acordou com o quarto todo escuro, já tinha escurecido e ela se lembrava vagamente de como tinha parado ali. Desviou o olhar para o guarda-roupa aberto, com as malas todas desfeitas e as roupas organizadas.

O celular, estava no bolso dela, e o puxou para conferir a hora, dez da noite. Assim que entrou no aplicativo de mensagens, haviam 10 ligações perdidas do canalha, fora as mensagens que eram inúmeras. Fez questão de bloquear o contato dele.

Entretanto, em meio aquela tristeza, teve uma mensagem que clicou o dedo automaticamente, com o contato salvo como: Nalla- Lisa, que traduzindo do coreano, seria, Lisa problemática.

Nalla-Lisa

Chegou e não me avisou nada? Quanta consideração 😥

Como soube?

Pela sua mãe. Ela também me contou sobre que você chegou em Boston abalada. Quer vir em meu bar encher a cara?

Quando adolescentes, Chaeyoung e Lalisa, resolviam os problemas que tinham assim, não era a melhor solução na época e só as fazia ter ressaca para assistir aula no outro dia depois. 

Park, conheceu, Lisa, no sexto ano ela vinha da Tailândia, e como eram as excluídas por ser estrangeiras, se deram bem, pois, Chaeyoung, tinha traços sul-coreanos, que de acordo com, Seulgi, os pais de sangue dela, eram da Coreia e a loira, nasceu em Nova Zelândia, logo os pais dela se mudaram para os Estados Unidos e depois de um tempo, Kang, a adotou.

Quero

Depois da mensagem que enviou, Lisa, só mandou um emoji de dois drinks, e, Chaeyoung, pulou da cama, bagunçando completamente o guarda-roupa recém-arrumado. A loira optou por uma camisa azul-escuro e uma calça de cintura alta, para aguentar aquele calor do verão.

Conferiu se, Seulgi, já dormia, e aparentemente não, pois no piso debaixo a televisão estava ligada, e mesmo depois de grande, sabia que ela não me permitira sair aquela hora da noite. Para isso, conferiu a altura da janela, e por sorte, os pés de, Park, alcançariam facilmente o chão.

Chaeyoung, tirou o pino da fechadura e levantou o vidro, jogando a bolsa que levava no gramado do lado de fora. E por conseguinte, pulou para o outro lado, em que se apoiou na parede para descer.

Resolveu ir ao bar que agora era de, Lisa, a pé, para reviver momentos da infância e adolescência que teve em Boston. As coisas não mudaram muito, praticamente nada mudou, talvez as árvores tenham florescido mais e a quantidade de prédios aumentou.

Contudo, a pintora já estava habituada, cidade grande era assim. Durante o percurso, passou por um pequeno lago, com árvores de folhagem amarelas e laranjas, florescendo por todo canto do local. Brincava naquela água, com barcos de papel que, Seulgi, fazia para ela.

Mais alguns passos, e chegou ao destino. Encontrou do lado de fora o bar com uma arquitetura de tijolos, que passou por uma reforma antes do pai da, Lisa, a entregar o controle do estabelecimento.

Do lado de dentro, as paredes também eram compostas por tijolos, as mesas de madeiras e atrás do balcão, prateleiras que mostrava as variedades incontáveis de bebidas.

Olhando para a frente, Chaeyoung, avistou o mesmo palco que costumava se apresentar quando estava no ensino médio, esse bar foi o escape dela e mesmo após tantas mudanças, ainda se tornava acolhedor.

— Esquilete! — Lisa, viu Park, e abriu os braços para a receber. Lalisa, estva irreconhecível desde a última vez que a pintora a tinha visto. Os cabelos estavam maiores e escuros, com a icônica franja que é a marca registrada de, Lisa, além de que, tinha ganhado mais corpo, diferentemente da magrela de anos atrás.

Após o abraço, a dona do bar, acenou para uma mulher americana atrás do balcão, que pelo, Chaeyoung, entendeu, sinalizava para a bar-woman trazer bebidas para a loira.

— Vem, você precisa vê quem está aqui — Lisa, puxou a pintora pelo braço, e não esperou o veredito de Park, que deixou que a amiga a guiasse. — Olha só quem tá aqui — A morena arrastou a loira para a frente, e revelou dois rapazes que, a pintora, conhecia um de cabelos preto e outro azul.

— Chaeyoung — Os dois a abraçaram ao mesmo tempo.

— Esquilete, Soobin e Yeonjun, agora estão casados — Os dois, mostraram a aliança e Park, sorriu, feliz por eles.
Tornou-se amiga dos dois apenas no ensino médio, quando começaram os ajudava na aula de química.

— Agora senta aqui — Soobin, puxou, a loira pelo braço.

— E nos conte tudo — Yeonjun, completou. — Como foi na Coreia do Sul? — No momento em que perguntou aquilo, Chaeyoung, não escondeu a vontade de chorar, e deixou as lágrimas descerem, talvez da primeira vez não havia sido o suficiente. Os três, a acolheram. E reconfortava, Park, com a mão nas costas dela.

— Se for sobre relacionamento, foi péssimo — A pintora, chorou ainda mais. — O homem que eu gostava é casado — Todos estavam chocados, sem reação, mas, a loira sabia que não duvidariam da intriguidade dela.

— Oh, querida, os homens não prestam — Soobin, falou e Yeonjun concordou com a cabeça, apesar de serem gay's.

— Mas, esquilete, para de chorar, você está em um bar, pode conhecer outras pessoas. Boston, é o lugar das oportunidades — Lisa, segurou a mão da amiga, e aos poucos as lágrimas do rosto de, Chaeyoung, foram secando por si só.

— Lisa, tá certa, vamos levantar esse clima, garota — Yeonjun, bateu palmas e Park, sorriu, tinha se esquecido de como os três eram bons em levantar o astral.

O resto da noite, os quatros, passaram bebendo e jogando conversa fora. A pintora descobriu que Yeonjun, tinha uma academia de dança, enquanto Soobin, começaria a trabalhar em uma grande empresa de jogos.

Teve um momento, em que, Chaeyoung, não se lembra como, que se submeteu a beber vários shots de tequila para ganhar uma aposta com um homem desconhecido, e conseguintemente, deitou em uma mesa, tendo bebida jogada sobre o corpo, e uma mulher, sugava toda a extensão da pele de, Park, em que o líquido escorria.

No instante em que completou, três da manhã, Park Chaeyoung entrou em um táxi com a mulher que bebeu a bebida derramada nela e soube que o destino do carro seria a casa de Seulgi.

Durante o trajeto, Chaeyoung e a mulher trocavam beijos que se tornavam cada vez mais quentes, mas pararam assim que o veículo estacionou e a pintora pagou a corrida.

Park colocou o indicador entre os lábios para que a mulher não fizesse barulho, e seguiram silenciosamente até o quarto de Chaeyoung.

— Qual seu nome? — A loira, pergunta conforme vai tirando a roupa da estranha e ela a de, Chaeyoung. A pintora, morde o lábio, ao ter aquele corpo desnudo exposto em cima dela.

— Yeri e o seu?

— Park Chaeyoung

— Parece que vamos ter uma longa noite pela frente — Yeri, constatou. Ao ter, Chaeyoung, tirou a calcinha dela para chupá-la e sorriu maliciosamente.

Vizinha Tentação - ChaejensooOnde histórias criam vida. Descubra agora