Capítulo 7 : Surpresas podem atrapalhar

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Chaeyoung terminou de se vestir e ajustou o pijama no corpo. Fechou as cortinas e dirigiu-se à porta, segurou na maçaneta e respirou fundo, abrindo-a.

De início, encontrou Kang Seulgi parada, mas logo a mãe dela deu espaço a uma pessoa que Park pensou que não veria mais e nem procuraria. Quando saiu da Coreia do Sul, nem se importou de avisar que estava indo para Boston.

— Tofu! — A loira abriu os braços para receber a mulher de cabelos azul platinado.

— Vou deixar vocês sozinhas — Seulgi disse, e desceu as escadas, enquanto Chaeyoung e a amiga se abraçavam.

— Vem, Dahyun — Park arrastou a amiga para dentro do quarto e fechou a porta, não contendo a reação de abraçar a coreana outra vez. — Eu estou tão feliz por te ver, o que você faz aqui?

Kim Dahyun e Park Chaeyoung conheceram-se no trabalho em Seoul, onde Dahyun tornava os dias da loira mais felizes no ambiente de trabalho para todos aguentarem o chefe mal-humorado.

— Você foi embora, nem me ligou ou me mandou uma mensagem. Fui no seu apartamento pensando que talvez estivesse morta, já em estado de decomposição, mas a proprietária me disse que você tinha ido embora para Boston. — Dahyun explicou, mas não demonstrava mágoa por Chaeyoung.

— Foi meio complicado, Jonhyeon era casado. — A neozelandesa falou cabisbaixa, não gostando de lembrar de quando passou pela humilhação de ter um copo de água jogado na cara por causa de um filho da puta.

— Casado? Amiga, não brinca — Exclamou a coreana, levando a mão à boca. — Que filho da mãe! Foi por isso que veio embora e pediu demissão? — Chaeyoung concordou. — Ufa, que alívio, achei que tinha cansado de mim.

— Eu jamais me cansaria de você, Tofu.

— Que bom. Ah, e eu te trouxe uma coisa que você tinha me emprestado. — Dahyun vasculhou algo na bolsa que levava até encontrar o que procurava, um Kindle. — Aqui! — Entregou o aparelho igual a um tablet para Park, que ao menos se lembrava de ter a concedido o Kindle. — Enquanto vinha para cá, baixei um monte de putaria sáfica que eu sei que você gosta — A coreana disse, com expressão de safada para a amiga.

— Dahyun! — A pintora a repreendeu e Dahyun riu. Chaeyoung queria continuar a conversar com a amiga, mas sabia que teria que deixar aquilo para amanhã, já que é uma longa viagem da Coreia do Sul até os Estados Unidos. — Você já tem onde ficar? — Park perguntou preocupada.

— Ah, já já, antes de vir, deixei minhas coisas no hotel. Pretendo ficar por aqui, perto de você para o que precisar.

— Oww — A pintora abraçou a amiga.

— E também, porque achei a recepcionista gostosa e não vou sair de lá até ela me foder.

— Tá bom, tá bom, já chega. É melhor você ir indo embora — Park Chaeyoung foi despachando Dahyun, que levou a mão ao peito, estando ofendida.

— Eu vou, mas eu volto.

— Eu sei que sim — Park sorriu, fechando a porta e jogando-se na cama. Talvez com o tempo, com a ajudinha de algumas pessoas, ela pudesse esquecer Jonhyeon.

* * *

Três crianças morenas brincavam pela casa, enquanto uma contava, as outras duas se escondiam no guarda-roupa da casa. Quando ouviram passos, sabiam quem era e colocaram a mão na boca para abafar as risadinhas, o que não deu certo, e elas foram pegas.

— Achei vocês — A Kim, que era a mais velha, surpreendeu as duas mais novas, que saíram correndo para se salvar. Passaram pela mãe da Kim, mais nova, que vinha com cookies e leite em uma jarra, pronta para servir para as crianças.

Vizinha Tentação - ChaejensooOnde histórias criam vida. Descubra agora