Naquela tarde de sábado, Chaeyoung estranhou que o despertador não tivesse tocado e desconfiou que tinha dormido por um longo tempo. As suspeitas da pintora foram confirmadas quando ela abriu os olhos, e a luz forte que entrava pela janela causou irritabilidade.
Ela passou o olhar pelo despertador em cima da mesa de cabeceira, que marcava que já havia passado do meio-dia. A loira, encostada na cabeceira, levou as mãos à cabeça ao constatar que havia perdido a corrida com Jennie.
Sentiu-se intrigada por Seulgi não tê-la acordado e por nem ouvir qualquer barulho da ruiva pela casa. Chaeyoung coçou os olhos e foi ao banheiro lavar o rosto, trocou de roupa e desceu para a cozinha, encontrando seu café exposto na bancada, com um dos sucos verdes, horríveis, ao lado.
Na bancada, também havia um bilhete da mãe adotiva de Park que dizia:
"Fui à casa de ervas da Irene. Não sei quando voltarei. Sei que bebeu muito ontem, então tome este suco e nem pense em jogá-lo na pia só porque saí."
Bjs, sua mãe.
A loira bocejou, sentou-se na cadeira, e a cabeça da pintora parecia que ia explodir como uma bomba, então ela tomou o suco como indicado por sua mãe.
Após o café, a neozelandesa decidiu que deveria fazer uns retoques na pintura que havia feito. Porém, quando ia puxar a escada para subir ao sótão, ouviu um barulho de caixas caindo. Se espantou e foi até o quarto de Seulgi, pegando um taco de beisebol da época em que Kang jogava pelo time da escola.
Ela puxou a escada com receio e começou a subir os degraus com cautela. Escutou uma voz sussurrar algo e então continuou. Park viu o alvo de costas, mas quando estava prestes a atingir a pessoa, a mulher se virou.
— Jennie? O que você está fazendo aqui? — Chaeyoung suspirou e abaixou o taco de beisebol.
— Você iria me acertar com isso? — Ruby perguntou, indignada.
— Você não respondeu minha pergunta — Park insistiu, se martirizando ao olhar para o cropped branco que Jennie vestia, acentuando o volume dos seios e o modo como as mechas do cabelo da Kim estavam presas para trás.
— Pelo jeito, você se esqueceu rapidinho que entrei pela sua janela. Posso fazer você esquecer aquele idiota também. — Ruby sorriu maliciosamente e tentou alcançar o rosto de Chaeyoung; entretanto, a loira desviou.
— Como sabe dele?
— Jisoo me contou — Kim esclareceu, e era óbvio que a Kim mais alta contaria para a esposa.
— Você pode ir embora? — Chaeyoung pediu, com o pouco de educação que lhe restava. A verdade era que ela não estava incomodada com a presença de Jennie, mas com o fato de ela ver o quadro que estava descoberto.
Com a má sorte que teve, Kim passou os olhos pelo sótão, observando as pilhas de caixas, e no canto da estrutura de madeira, viu um quadro com cores vermelhas e pretas de cabeça para baixo. Mesmo assim, Ruby reconheceu ser ela e sorriu, sabendo que tinha forte impacto em Chaeyoung.
— Sou eu naquele quadro? — Jennie apontou para a tela, e Chaeyoung não soube o que responder.
— Não, não é — A neozelandesa gaguejou, se entregando involuntariamente para Kim.
— Não minta para mim, Park. Sei que tomei conta dos seus pensamentos e sonhos mais eróticos. Eu tenho essa reação nas pessoas, mas eu só quero que você tenha essa reação. — Dessa vez, Chaeyoung não encontrou uma saída, pois Jennie a pressionou na madeira com os braços e a intimidou apenas com o olhar, passando a língua pelos lábios enquanto encarava os lábios sedutores da loira. — Você quer?
— Quero o quê? — A voz de Park falhou.
— Que eu te beije? Quero que saiba, Park, que só vou fazer algo com você se você permitir. — Jennie intercalou o olhar entre os olhos e os lábios da neozelandesa.
— Jennie, vá embora. — A loira teve que reunir forças para não dizer "sim".
— Ok, mas vou querer o quadro. Vou pagar o quanto for necessário, assim que terminar, mande-o para a minha empresa. E sobre a minha proposta de emprego, só tem até o jantar na minha casa para pensar, depois disso, não vou insistir novamente. — Ao se despedir, Jennie, ousadamente, deu um beijo no canto dos lábios de Chaeyoung, que por dentro queria que tivesse sido no meio dos lábios.
Ao longo da tarde, Park ficou trancada no sótão, dando os últimos retoques no quadro que havia feito de Ruby. Só quando terminou, embalou a pintura, que decidiu levar ela mesma para a empresa da Kim.
Quando recolheu todos os materiais de arte e os guardou no lugar onde deveriam ficar, ouviu a campainha tocar, pensando que poderia ser Seulgi, que havia chegado e esquecido de levar a chave.
No entanto, ao abrir a porta, a neozelandesa deparou-se com um entregador com uma caixa preta nas mãos, com "JK Ruby" escrito no pacote.
— Você é Park Chaeyoung? — A loira confirmou com um aceno de cabeça.
— Poderia assinar aqui, por favor? — O entregador pediu, com uma prancheta em mãos onde Park assinou.
— Obrigada. — A neozelandesa agradeceu e fechou a porta, observando pela janela o entregador ir embora.
Park Chaeyoung subiu para o quarto, colocou a caixa na cama e a abriu, retirando todo o embrulho de cima, achando um cartãozinho:
"Espero que venha vestida com o vestido que te enviei. Me inspirei em você para fazer minha coleção de verão e esse vestido faz parte dela, então nada mais justo do que você vestir.
E tem mais uma coisa na caixa que espero que você coloque."
Ass: JK
Embaixo do embrulho removido, a loira notou um vestido branco com detalhes minimalistas de flores rosa e amarela. Porém, ao tirar a veste da caixa, arregalou os olhos para o que encontrou.
Um vibrador borboleta.
Não era possível que Jennie esperava que Chaeyoung usasse isso. Ao avistar o celular, a neozelandesa viu que já eram oito da noite e que Jennie havia acabado de lhe enviar uma mensagem.
Jennie Ruby
"Gostou do presente? Espero que sim. Quero lhe dar prazer enquanto jantamos 😊".
O rosto de Chaeyoung esquentou, e ela não se submeteria a usar um vibrador enquanto jantava na casa das vizinhas, mas a curiosidade do que aconteceria se usasse era instigante. E enquanto pensava nisso, recebeu outra mensagem de Jennie.
Jennie Ruby
"Se quiser, pode vir para cá agora. Jisoo está finalizando o jantar."
A pintora visualizou apenas e foi se arrumar.
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Vizinha Tentação - Chaejensoo
FanfictionDuas empresarias se mudam para uma casa em Boston, com o intuito de ter um pouco de tranquilidade, Jisoo e Jennie só não imaginavam que tranquilidade, seria o que elas não teriam, ao uma nezeolandesa ter a janela de frente para a delas. Em um jogo...