365 Dias - Heina

Elevador

Ando de um lado ao outro no quarto de Engfa enquanto ela e Charlotte estavam deitadas em sua cama, Char estava deitada com as pernas por cima do corpo de Engfa que olhava pra mim de um lado a outro.

- Então você tentou mostrar que se importa, mas não deu certo?. Engfa pergunta e recebe um tapa em seu braço de Charlotte.

- Não babe, estava dando certo até Heidi abrir essa boca grande dela e falar merda. Char deu de ombros e levantou a cabeça pra deixar um beijo onde tinha batido em Engfa.

- Eu pensei em tudo, eu fui gentil, atenciosa e medi todas as minhas palavras, até usei algumas coisas que tinha visto no insta dela. Falo emburrada sentando com tudo na poltrona.

- Talvez você devesse falar com ela agora por mensagens, é bem mais prático e ela não vai olhar pra essa sua cara de prepotente e arrogante. Engfa diz dando de ombros e eu me levanto animada.

- Meu Deus Engfa, você é uma genia. Minha euforia fez ela sorrir orgulhosa.

- Agora genia onde você vai arrumar o número dela?. Char perguntou me jogando um balde de água fria bem na minha cabeça, ela estava certa. Tina não quer nem olhar na minha cara, imagina me dá o número para conversarmos por mensagem.

- A Heidi pode inventar alguma coisa para as amigas dela do apartamento e precisa falar urgente com a Tina, elas vão acreditar e lhe dar o número facilmente. Vou até Engfa, seguro seu rosto e dou um beijo na sua bochecha.

- Eu me casaria com você agora mesmo, garota. Charlotte empurra meu rosto e puxa Engfa pra mais perto dela jogando as pernas por cima dela fazendo a garota rir abraçando ela de volta.

- Vai arrumar uma namorada pra você Heidi, essa já é toda minha. Ela sacode o corpo levemente e eu volto até a poltrona sentando nela e começando a pensar o que eu faria amanhã pra conseguir o número de Tina.

O segundo passo Jensen era deixar a garota se sentir a vontade e mostrar que ela era importante, eu tentei fazer isso ontem a noite, mas estraguei tudo no dia seguinte, mas hoje é um novo dia e só se passaram 27 dias.

- Da pra parar de me olhar por favor. A voz brava de Tina me fez dar um sorrisinho. - Você me tira do sério de um jeito. Ela diz na minha direção e abre a porta de casa indo até o elevador, vou bem atrás dela. - Desce de escadas. Nego no mesmo instante.

- Se está tão incomodada desce você. Olho dentro dos seus olhos e parece que ela estava brigando internamente sobre o que fazer e então ela decide entrar junto comigo. - Boa escolha, não dá pra chegar na faculdade toda suada. Falo vendo a porta do elevador se fechar, não tinha mais como ela sair correndo de mim.

- Você consegue ser menos idiota não?. Ela pergunta me olhando e eu a olho de volta.

- Na verdade, consigo, mas é só eu falar uma besteira que você meio que surta e foge de mim. Eu a olhava o tempo todo, notava cada reação de Tina, as mãos se fechando em punhos, o olho correndo de um lado para o outro acompanhando meus olhos e minha boca, seus lábios sendo levemente mordidos nervosamente. Tina era sexy o tempo todo para mim e isso eu não podia negar.

- Eu tenho vontade de- As palavras morrem em sua boca quando o elevador para do nada e as luzes se apagam, olho ao redor e o painel não estava aceso e nem funcionando quando eu o apertei.

- O elevador não pode ter parado. Falo um pouco desesperada, continuando apertando os botões aleatoriamente, eu só queria fazer eles pegarem.

- Ei! Sinto uma mão no meu braço e a voz suave de Tina, mas meu coração estava disparado demais para ouvir qualquer coisa que ela fosse falar, eu queria sair daquela caixa de metal urgente. - Heidi, por favor, vêm aqui. Ela segurou minhas duas mãos e virou o meu corpo de frente para o dela, dava pra ver algumas partes de seu rosto e de seu corpo mesmo naquele enorme escuro, ela aproximou seu corpo do meu sem desgrudar nossas mãos. - Respira devagar. Fiz o que ela disse sem conseguir me mexer. - Fecha os olhos e inspira agora. Meus olhos se fecham automaticamente e eu solto o ar devagar. - Fica calma, tá bom, seu nervosismo não ajuda nessas horas e com toda certeza a gente vai sair daqui a pouco, agora continua respirando e inspirando. A voz calma e suave de Tina parecia entrar nos meus ouvidos de um jeito que eu não conseguia parar e segundos depois meu corpo todo reagia a sua voz e ao seu toque sútil do seu dedo fazendo um carinho gentil em minha mão e então abro os olhos percebendo o quão perto nos estávamos, eu podia sentir o cheiro forte de uma fruta cítrica vindo de Tina, era um cheiro maravilhoso que só ela tinha, eu podia ver a cor dos seus olhos mesmo com a pouca luz e em seguida sua boca perfeitamente desenhada, eu podia jurar que Tina era tipo um anjo naquele momento, eu adoraria beijar ela nesse momento, mas como eu prometi não tocar nela sem seu consentimento eu me contentaria em apenas olhar, olhar todos seus pequenos pontos pretos em seu rosto que se destacavam mais hoje , posso jurar que Tina está sem maquiagem hoje.

- Você é tão linda. Deixo escapar sem querer, mas Tina não se afasta, eu não tinha falado besteira dessa vez ou talvez meu tom tenha sido tão baixo que ela não ouviu, senti sua respiração bem mais perto da minha e então as luzes se acedem e o elevador dá uma pequena sacudida jogando meu corpo pra trás e puxando o dela junto já que nossas mãos estavam juntas, encostada na parede esquerda do elevador ele começa a se mover e Tina solta nossas mãos se afastando e se virando pra frente, me ajeito também, mas continuo olhando pra ela, eu não pararia de pensar nisso pelo resto do dia e eu nem sei o que isso tudo significava, as portas se abrem e Tina passa por ela entrando no térreo saindo direto pra fora do prédio, corro um pouco em sua direção e seguro sua mão levemente, ela para olha pra minha mão e depois olha pra mim. - Só queria agradecer, pelo que fez por mim la dentro. Digo simples e solto sua mão, ela assente sorri e depois segue seu caminho sem olhar pra trás.

Eu com certeza não sabia o que estava acontecendo, mas eu achava que estava sendo hipnotizada por Tina naquele elevador, me senti sufocada por saber que estava preso nele, mas segundos depois olhando pra ela me senti presa a ela e toda sua beleza, balanço a cabeça e entro de novo no prédio indo até a garagem e tirando minha moto ali de dentro, acho que eu preciso conquistar essa mulher.