Confronto

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Minha vida estava um caos, era isso que acontecia quando minha mãe entrava nela e ela só iria sair quando me levasse tudo que me fazia feliz, Charlotte já sobreviveu duas vezes e Engfa ia no embalo dela e eu agradecia por elas serem tão fortes. Olho para Tina sorrindo ao meu lado e eu morria de medo dela não aguentar tudo isso, só amor não bastava e eu sabia disso.

- Qual o problema da sua mãe?. Nudee chegou brava apontando o dedo na minha direção me deixando um pouco assustada e confusa.

- Calma Nesa, o que aconteceu?. Minha namorada disse a pergunta que rondava a minha cabeça, o que aconteceu dessa vez?.

- A mãe dela falou com o meu pai para tirar sua bolsa. Eu não acredito naquilo que estava ouvindo.

- Ela fez o quê?. Minha voz saiu um pouco acima do tom e sinto a mão de Tina na minha.

- Isso que você ouviu, qual a porra do problema dela? Ninguém aqui é marionete dela que ela pode fazer o que quiser a hora que quiser. Nudee ainda estava brava, indignada, ela falava atropelando as palavras e acho que se pudesse ela daria um soco na minha mãe.

- O que seu pai falou?. Tina tinha medo na voz, minha namorada estava com medo.

- Que estava fora de cogitação qualquer hipótese de você fora daqui, você conseguiu isso e ninguém irá te tirar isso a não ser você. Seus olhos estavam no de Tina e ela suavizou a voz, minha namorada se jogou nos seus braços e Nudee devolveu o abraço. - Ele te conhece, você não vai ser diminuída desse jeito. Aquela frase, minha mãe podia fazer qualquer coisa comigo, mas eu não ia deixar ela mexer com Tina.

- Você tem razão. Falo começando a andar para fora da faculdade, eu não ia deixar isso assim, ela não pode tratar as pessoas como se não tivessem vida e eu não ia deixar ela fazer o que quisesse com a minha vida assim.

- Heidi espera. Tina segurou meu braço e eu parei no lugar. - Não faz isso de cabeça quente.

- Eu não vou deixar ela mexer com você, Tina. Me viro olhando em seus olhos e acaricio seu rosto, ela deita a cabeça na minha mão fechando os olhos.

- Eu vou com você então. Seus olhos se abrem e ela estava determinada.

- Preciso resolver isso sozinha. Ela nega, a garota era a teimosia em pessoa.

- Eu não vou mais te deixar sozinha. Ela sorriu, o sorriso que me passava forças.

- Certo, então vamos. Ela dá uns pulinhos animada e segura minha mão em seu rosto entrelaçando na sua, talvez eu estivesse indo fazer a pior besteira da minha vida, mas eu estava indo com o maior prazer do mundo.


Estávamos na grande sala da mansão Jensen, fazia uns cinco minutos que esperávamos minha mãe até que vejo a grande porta se abrir e eu me ajeito, mas ao contrário do que esperava quem passou por ela foi meu pai, ele sorriu para mim e depois colocou os olhos em Tina, seu sorriso aumentou e ele parou em nossa frente, assim que seus braços se abriram me joguei nele soltando a mão de Tina. Me aconcheguei igual uma criancinha, ali era meu ponto de paz, onde eu me escondia quando minha mãe me dava inúmeras broncas ou me colocava para fazer aula de etiqueta quando criança.

- Que bom que está aqui Pai. Falo aliviada e ele me aperta em seus braços.

- Que bom te ver meu amor. Ele afasta meu corpo e segura meu rosto com as duas mãos. - Você está tão linda filha. Sorri, esse era meu pai. - O que te trouxe aqui?. Suspiro e volto a segurar a mão de Tina me afastando do meu pai.

- Minha mãe. Digo firme e ele arqueia a sobrancelha.

- Sentem-se. Ele diz apontando para o sofá atrás de nós e assim eu faço ficando o mais reta possível, eu quase não podia respirar, essa casa me trazia isso. - Então Heidi? O que sua mãe fez dessa vez. Respiro fundo e olho para Tina.

365 Dias - HeinaOnde histórias criam vida. Descubra agora