Parecido com a dona:
Ouvi longe o toque do meu celular, cada vez mais perto até que eu final desperto e vejo que era um número desconhecido me ligando. Quem liga as oito horas da manhã em um sábado para alguém?
- Alô...- minha voz sai rouca e arrastada pelo sono que ainda sentia.
- Oi, te acordei?- tento raciocinar rápido pra entender quem era, mas meu celebro não estava bem o suficiente para tal ato- É a Ana- Que Ana, meu senhor?- Da festa, lembra?
- Ah sim, sei...- Lembro e sinto minha bochecha corar- E aí, como é que tá?
- Tô bem... Queria saber se não quer tomar café comigo?
Café? Nem sabia que as pessoas chamavam seus..."paqueras"? Pra tomar café.
- Claro, só tenho que tomar um banho antes, mas é coisa rápida.
- Certo, me manda seu endereço que eu chego aí em meia hora- concordo com a cabeça como se ela pudesse me ver e mando meu endereço por mensagem de texto.
Corro pro banho e tomo o banho mais rápido e caprichado que já tive, fasso minha Higiene matinal e com um roupão no corpo procuro uma roupa para usar.
Depois de pronta não demorou cinco minutos e ouço a campainha soar pela casa. Pontual. Abro a porta e juro sentir meu corpo tremer, ela estava tão bonita quanto antes, com uma calça jeans, uma blusa de alguma banda e um blazer por cima, dando um ar sério na roupa.
- Você tá linda- Ela diz dando aquele sorriso perfeito que com certeza mais ninguém tem.
- Que mentira, você que tá maravilhosa, eu tô no máximo arrumadinha e de ressaca- reviro os olhos rindo e seguimos até seu carro que estava parado na porta da minha casa.
O caminho também foi regado de conversas banais e música, muita música. Assim que nós paramos em frente a cafeteria que ela tinha escolhido percebo que ela realmente tem um ótimo gosto.
- vou querer um expresso com um sanduíche natural - Ela pede.
- Certo - A moça anota tudo oque Ana disse e se vira para mim- E a senhora?
- Um capuccino e pão de queijo- Sorrio só me imaginar comendo aquela junção perfeita.
Ela se retira e logo Ana e eu engatamos outra conversa.
- E você estudou oque quando vei pro rio?
- Direito, mas aí eu larguei e comecei a fazer teatro, porém eu também larguei e tentei virar empreendedora e abrir uma doceria, mas como deve imaginar deu errado também- Ri- Acho que eu tô tentando meio que me encontrar, faz sentido?- Ela afirma com a cabeça.
- A pouco tempo atrás eu também estava tentando me encontrar e eu nem sabia, só descobri quando de fato me encontrei- A olho confusa.
- E como conseguiu?
- Um mágico nunca revela seus truques!- Fala em um tom galanteador.
- Nossa... Tá bom então! Me deixa na minha crise existencial eterna!
- Que drama- Ela ri alto- Já já você vai se encontrar, isso se já não tiver se encontrado sem saber.
Os pedidos chegaram e começamos a comer em um silêncio agradável, vez ou outra sorriamos sem dizer uma palavra se quer.
- E aí, quer ir lá pra casa?- Ela me olha com as mãos apoiadas no volante.
- Acha que eu sou mulher de se levar pra casa assim de primeira?- Arqueio a sombrancelha.
- Não... Jamais! Eu ia apenas te apresentar meu cachorro- Diz com um tom de falsa inocência- Mas... Se você quiser pode se aproveitar do meu corpo, eu me aproveito do seu, e tudo isso sem gastar seus pirulitos de cereja.
- Você não presta!- Ri- Anda logo que eu quero conhecer seu cachorro.
Algumas ruas depois entramos no condomínio e ao nos aproximarmos os Portões de sua casa se abrem dando passagem para o carro que é cuidadosamente estacionado por ela.
Ela abre a porta pra mim e logo estamos dentro da casa que era gigante.
- Vou te mostrar o André, vem!
- Que André?
- Meu cachorro- diz como se fosse algo óbvio e eu explodi em uma gargalhada- Dá pra parar de rir dele?
- Ai... É que o nome dele é André!
- É sim, agora anda logo antes que eu desista de te apresentar meu filho.
Ela caminha emburrada até a parte externa da casa e logo vejo um Golden correndo até nós.
- Oi, filho- Ela faz voz de criança enquanto faz carinho nele, e que cena mais perfeita e fofa!- Dá "oi" pra clara.
Acaricio o cachorro que parecia feliz com nossa presença, ele era elétrico e como sua dona não parecia ter muita noção de espaço.
- Ele parece você...- Acabo soltando sem perceber.
- É? Por que?- pergunta e eu apenas dou de ombros.
- Sei lá... Só parece...
Ela acaricia meu rosto e sinto minhas bochechas pinicarem levemente. Me inclino um pouco e lhe dou um selinho rápido, depois outro, outro e outro... Logo aquilo vira um beijo de verdade, tão bom quanto o primeiro, seu cheiro entrando pelas minhas narinas só tornam aquilo ainda melhor.
- Quer assistir alguma coisa lá em cima?- Pergunta abraçada em minha cintura.
- Ah, pode ser!
Subimos para o segundo andar onde tinha uma mine sala de cinema, surreal, me acomodei e observei ela ligar tudo.
- Vamo assistir terror, pode ser?
- Perfeito- Eu realmente não menti, gostava do gênero terro tanto em livros quanto em filme, era bom a sensação de adrenalina depois de um susto.
Ela pôs A freira que particularmente era muito bom. Principalmente quando ela me abraçava depois de um susto, ou quando eu escondia o rosto em seu pescoço com a desculpa de estar com medo quando na verdade só queria sentir mais um pouco de seu cheirinho bom.
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Envolver-Ana Carolina
FanfictionCansada da mesma monotonia de sempre, Clara decide ir a uma festa que rolava em um dos bairros nobres do Rio de janeiro. Lá ela encontra Ana, que sem ao menos perceber encontra tudo, o que nem sabia que procurava, na mulher de estatura baixa com um...