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Passei a semana inteira falando com a Ana, todos os dias, sem falta a conversa ia de "Bom dia" até "Tenho que dormir, boa noite", eram conversas banais na maior parte do tempo, mas elas sempre iam para um rumo diferente depois da meia noite. Ela era diferente de qualquer outra pessoa na qual eu já tinha saído, era linda, educada, e tarada no ponto certo.

Vez ou outra eu ligava pra ela por chamada de vídeo com a desculpa de que queria ver o André, ela fingia que acreditava e atendia todas as ligações.

Ouvi suas músicas e percebi o quão capaz de escrever coisas lindas ela era. E de repente tudo virou Ana Carolina.

- Tem como ficar sem falar dela um instante?- Bruna, minha melhor amiga, diz.

- Eu nem falei tanto assim- me defendo e ela me repreende com o olhar.

- Só vou te deixar falar dela livremente quando você assumir que gosta dela, porque aí sim eu vejo que a conversa terá um futuro!

- Eu não gosto dela! Não, nem pensar, eu gosto de como ela me trata, o nome disso é gratidão e não amor.

- A cada 10 palavras que eu falo tenho certeza de que nenhuma vai entrar nessa sua cabeça oca, mas presta atenção...- Ela aponta o dedo na minha cara- Você pode até dizer isso, mas se ela for embora por falta de reciprocidade e você vinher reclamar pra mim eu quebro tua cara- Ela praticamente separou todas as sílabas que falava e a calma na qual falava era assustadora.

- Não irei fazer isso...- Engulo seco e ela finalmente tira o dedo da minha cara. O barulho de notificação do meu celular ecoa pela sala e logo ouço alguém me ligando.

- Vai atender ela, criatura!

Corri e peguei meu celular atendendo logo em seguida.

- Alô.

- E aí, tá afim de sair hoje?- Penso um pouco e como nos desenhos animados uma lâmpada acende em minha cabeça.

- Na verdade não... Tô afim de ficar em casa- Escuto apenas um resmungo baixo do outro lado da linha- Mas por que você não vem dormir aqui?- Era o plano perfeito, passaria a noite com Ana e de quebra ainda me livraria da Bruna.

- Claro, pode ser!

- Então tá, 'te espero!

Desligo e olho para minha amiga que me olhava do sofá.

- 'Cê tem que ir embora, a Ana vem pra cá.

- Olha que boa ideia, você podia nos apresentar, né?- me olha sujestiva e eu logo nego.

- Não é a hora dela conhecer meus amigos, a gente só se conhece a uma semana.

Depois de um pouco de luta ela vai embora e eu corro pro banho. Quando já estava finalizando escuto a campainha, pego o roupão o amarrando de mal jeito em meu corpo e vou abrir a porta.

- Oi...- Vejo suas bochechas corarem e me dou conta de que pela pressa eu tinha deixado um belo decote no roupão.

- Entra, eu tava no banho- dou passagem e ela entra, Ana espera apenas eu fechar a porta e logo me beija.

Um beijo mais quente que os outros, com mais audácia e com menos cuidado, tenho que confessar que Ana Carolina tem uma pegada sen-sa-cio-nal!

- 'Tava com saudades também...- digo entre o beijo, mas logo sua língua me cala novamente.

Arranho seu pescoço enquanto suas mãos descem despretensiosamente para minha bunda dando um aperto gostoso.

Guio ela até o quarto, o caminho demorou mais que o normal por conta de que não conseguíamos parar de beijar uma a outra. Abri a porta de mal jeito e a fechei com meu corpo que foi prensado contra a mesma.

As mãos de Ana foram afoitas até o nó do meu roupão o desfazendo, sinto minha pele arrepiar logo que ela põe suas mãos em contato direto com minha pele.
Quando eu iria arrancar sua blusa o celular da mesma toca e temos que nos separar contra vontade, ela puxa o celular do bolso para atende a ligação com uma mão, enquanto a outra prosseguia em minha cintura. Ao contrário do que penso Ana apenas desliga o celular e o põe em uma mesinha ao nosso lado.

Com um impulso para cima Ana me põe em seu colo, no processo deixo meu roupão cair, sendo assim a primeira peça a ser posta no chão do quarto. já estávamos tentando respirar uma pela boca da outroa. Ou melhor, tentando nos engolir. Sinceramente, eu não chamaria aquilo de beijo.

Eu gemia baixo e gritava por dentro. Sentia o calor do corpo dela junto do meu sem esforço, sem exagero. O corpo de Ana era totalmente diferente do tipo de corpo com que eu estava acostumada, era linda, ruiva, forte e tinha uma bunda tão gostosa que me fazia ficar molhada só de pensar.

Nunca comi alguém com tanta maestria. Nunca fodi com alguém tão majestoso. Lembro-me de raramente ter encontrado tamanha afinidade com alguma mulher na cama.

Envolver-Ana CarolinaOnde histórias criam vida. Descubra agora