Jogos da Capital - Capítulo 15

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Brilho, brilho e mais brilho — Tenho certeza de que foram essas palavras que passaram pela cabeça da minha estilista quando pensou no que eu vestiria na festa, alguns poderiam pensar que essa era uma homenagem e honra ao meu distrito materno, porém não acho que me tornar igual à uma lâmpada possa servir de inspiração para qualquer objetivo.

Enquanto me olho no espelho vejo que estou literalmente brilhando dos pés à cabeça, desde fios prateados e dourados presos no meu cabelo solto, há um vestido com pedras encrustadas no corpete e sapatos com solas que brilham quando encosto com força no chão.

— Não ria — Disse a Finnick enquanto tentava esconder meu rosto, mas infelizmente estava usando luvas que também eram joias que ao encostarem no meu rosto o arranhavam.

— Não vou — Disse Finnick fingindo uma tosse.

Reviro os olhos e comento com um certo quê de sarcasmo o quão bem ele disfarça o seu fingimento.

Eu estava horrível e dizer o contrário seria mentir, ou ter o equivalente a um cérebro de geleia, assim como os queridos habitantes da Capital. Por sua vez Finnick estava perfeito como sempre em um terno feio sob medida que deixava bem claro como com o passar dos anos ele ficava mais atraente.

— O que foi? — Perguntou ele.

Foi então que eu percebi que estava secando-o a alguns segundos qual uma idiota.

— Não quero ir — Gemi fingindo estar prestes a chorar, na verdade com um pouco de esforço acho que eu realmente choraria de verdade — Odeio esse trabalho.

Finnick por sua vez sorriu para mim.

— Eu sei — Falou ele estendendo a mão para mim — Veja pelo lado bom.

Aceitei sua mão e caminhamos juntos para fora do camarim.

— Que seria..?

— Na verdade não têm, quando eu achar um vai ser a primeira a saber.

Não consegui conter a risada com o comentário mais idiota que já tinha ouvido sair da boca dele.

— Vamos logo — Falei apressando os passos — O quanto mais rápido entrarmos na toca dos lobos, mais rápido saímos dela.

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A festa começou como o que havia sido planejado anteriormente, primeiro comprimente cada convidado que entrava no salão, estávamos no prédio onde o andar térreo havia sido convertido em um local para as festividades, com palco e câmeras a postos.

Depois de sorrir até meus músculos faciais gritarem por misericórdia enfim chegou a hora do show que seria transmitido por toda Panem, primeiro comecei com as músicas mais famosas que tinha no meu repertório para por fim finalizar com minha ultima música.

Essa parte da noite foi um borrão com sons saído da minha garganta, dos instrumentos e da multidão na minha frente. Quando terminei estava na merda literalmente, minha garganta doía e meu corpo também depois de dançar igual uma maluca. Isso era divertido eu não poderia negar, mais duvido que se tivesse escolha em um cenário em que eu fosse responsável pelo meu próprio destino, tenho certeza de que não seria cantora ou estaria no cargo de qualquer profissão pública.

Quando terminei fui até o camarim onde minha equipe de preparação estava a postos para me transformar em um ser humano novamente após o show que dei no palco. Quando terminei ouvi o som da porta batendo, pensei eu fosse Finnick então não pensei muito quando mandei que ele entrasse.

Só que não era ele.

— Oi lindinha — Disse meu pai.

Engoli seco e pedi para que minha equipe de preparação saísse dali.

Tributo de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora