Os Jogos Vorazes - Capítulo 6

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Quando o elevador começa a subir consigo ver uma luz surgindo do teto, tento controlar a minha respiração e manter minha mente focada. Logo um cronometro começa a tocar e são os sessenta segundos mais rápidos da minha vida.

Olho para a minha volta vejo que não estou a uma distância muito grande dos outros tributos o cenário é parecido com uma floresta a primeira coisa que percebo é a neve e o frio que estou claramente despreparada, tudo proposital, mas na cornucópia a construção metálica no meio da arena há alguns manequins com casacos que parecem bem quentes e existem muitas armas, noto um conjunto de facas brilhando me chamando.

Logo cronometro chega aos últimos dez segundos.

Me preparo para correr enquanto a foz do idealizador marca o começo de um banho de sangue.

10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1.

Começo a corre não noto nada a minha volta só foco em conseguir chegar à cornucópia e em pegar o conjunto de facas quando me agarro a elas sinto um alívio instantâneo por ter chegado até lá, mas ele dura muito pouco porque sinto alguém próximo de mim.

Desvio de um machado que quase me atinge de raspão o garoto do 7 cujo nome eu nem sei tenta novamente um ataque na minha direção. Agarro o cabo da minha faca e não penso antes de mirar na sua jugular atiro a minha faca e quando ela atinge o seu pescoço o garoto simplesmente para ele solta um som de engasgo e eu rosto empalidece.

A expressão nos seus olhos é de puro assombro, mas eu tento não pensar muito nisso quando puxo a faca de volta para mim e o sangue antes impedido de sair começa a jorrar e finalmente o som de um canhão toca e há a primeira morte nos jogos uma morte que eu fui responsável.

Os próximos minutos são um borrão mais tributos chegam a cornucópia e alguns me atacam não sou eu a dar o primeiro passo, acho que esse é o melhor que eu posso fazer pra manter um mínimo de dignidade na minha alma eu só ataco quem me ataca como defesa, mas não paro até matar meu oponente. No fim há muito sangue sons horríveis de sangue gotejando e de lâmina atingindo carne e osso.

Quando enfim os ataques acabam eu paro e percebo que não sou a única viva na cornucópia. Há nove corpos no chão e contando comigo á apenas cinco tributos de pé.

— Então — Eu digo tomando um pouco de ar e segundando uma das minhas facas com força esperando lançar ela a qualquer lado de sentir um movimento brusco próximo — é agora que nós resolvemos fazer uma aliança pra matar os que fugiram para depois nos matarmos?

Mirror sorri para mim.

— Acho que sim.

Por mais alguns minutos permanecemos todos parados esperando um ataque vindo da parte de alguém, mas até agora nada então quando Crystal a garota do 2 e Elllis o garoto do 1 enfim abaixam a guarda faço o mesmo.

Pegamos os agasalhos e suprimentos para sobreviver ao inverno gelado da arena, noto a quantidade exorbitando se suprimentos, noto a quantidade de frutas que serão ótimas para prevenir escorbuto, já que nunca se sabe quanto tempo realmente os jogos vão durar e no meio deles á um alimento familiar que me faz ficar muito grata pelo meu talento escolhido na minha avaliação individual.

— Vamos ter que economizar os suprimentos — Falo colocando latas de feijão em uma mochila — Esse clima é difícil de caçar, se é que existem animais aqui — Olho pelos lados procurando água, mas não há nenhum apenas garrafas vazias com um pó que serve para deixamos ela própria para beber — Para a água podemos derreter a neve.

— Você conhece bem técnicas de sobrevivência — Diz Loverly a mim.

— É um talento natural — Respondo — Assim como você com o seu arco;

Tributo de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora