Os Jogos Vorazes - Capítulo 3

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Minhas mãos estavam brancas por causa da força com que eu apertava a saia do meu vestido, minha avó estava errada ele não me deu sorte nenhuma, pelo contrário esse deve ser o segundo piro dia da minha vida até o dado momento. E eu digo isso pensado que o lugar para o pior dia da minha vida vai ser quando os jogos começarem.

A sala em que sou deixada está vazia geralmente visitas são permitidas para que os tributos se despeçam de seus familiares, mas até alguém entrar eu estou sozinha, completamente sozinha e isso só toda essa experiencia mais agonizando. E o pior é que eu já aceitei a morte, não tenho medo disso de morrer ou da dor que posso vir a sentir quando o caos começar. Não eu tenho medo que depois de me perder minha avó desabe de vez, que meu pai comece a beber mais do que já bebi e que o legado da minha família seja totalmente extinto comigo.

E pensar nisso não faz sentido, eu nunca desejei essa merda e nunca quis me tornar uma assassina e me beneficiar com isso vivendo como um fantoche da capital pelo resto da minha vida, mesmo assim não para de sair na minha cabeça a ideia de que quando eu chegar a Capital a maioria dos olhares estará em mim, porque eu sou a droga da última esperança da família Stone, filha de dois vitoriosos e dois distritos isso é uma droga, uma lástima com a qual terei que viver por seja lá quanto tempo.

Felizmente meus pensamentos são interrompidos quando a porta se abre e eu finalmente deixo de estar sozinha.

— Vó — Minha vó me abraça com forma e começa a chorar.

Mauthe está ao seu lado e segura seu ombro lhe dando suporte.

— Minha linda pedrinha — Funga com o rosto cheio de lagrimas.

Me afasto da minha avó e digo que vou ficar bem, tento ao máximo parecer forte.

"Eu sempre odiei essa parte" Diz ela "Me despedi do seu avô primeiro, depois do Peter, da sua mãe a minha Petra e então da Eden..."

Segurei as suas mãos e não deixei que ela terminasse.

— Eu vou voltar — Disse devagar para que ela entendesse bem o que eu estava falando lendo os meus lábios — Sou filha da minha mãe, uma Stone no sangue. Me preparei para essa possibilidade minha vida inteira, vou ficar bem.

Minha avó assentiu e voltou a me abraçar.

"Você tem a coragem da sua mãe"

Logo ouvi o som de alguém batendo na porta.

— O tempo acabou — Disse alguém, provavelmente um pacificador.

"Temos que ir" Mauthe puxou minha avó para longe de mim e não olhou para trás enquanto se ocupava impedindo que minha avó desabasse no chão.

Logo voltei a ficar sozinha, mas não por tempo o suficiente para que meus pensamentos pudessem me levar a algum lugar muito obscuro da minha mente. A próxima pessoa a me visitar foi Eleanor que me desejou boa sorte colocando a culpa de uma alergia a mudança de clima pelos olhos marejados que exibia quando se despedia de mim e me desejava boa sorte. Depois dela eu não esperava a visita de mais ninguém, não era como se houvesse muitos amigos para mim no Distrito 5 crescer como filha de uma família de vitoriosos me deu uma infância embora privilegiada em alguns aspectos, mas ainda era isolada.

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Logo que o tempo para despedidas terminou fui levada até o trem com Hugh ao meu lado, agora sua ficha doque estava acontecendo deve ter caído realmente porque ele soluçava e sue solhos estavam vermelhos e o rosto molhado.

— Aproveite agora — Sussurrei para ele, motivada apenas pela pena — Se quiser sobreviver vai ter que parecer forte e não um garotinho chorão e assustado.

Tributo de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora