Jogos do Tordo - Capítulo 25

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Quando se tratava da relação de Katniss e Peeta, eu me sentia um romance patético da escola. Sinceramente, não consegui entender como eles conseguiam fazer disso tudo um escarcéu, sendo que a vida deles dependia disso. Era patético, mas com certeza isso mostrava o quanto éramos diferentes, porque eu não me importava nenhum pouco em fingir e manipular se fosse necessário para sobreviver. Talvez isso fosse um pouco de retrospecto do meu caráter. A questão era que cat nesse Peter estavam vivendo um triângulo amoroso com um tal de Gale.

Em resumo, esse tal de Gale, eu trabalhava nas Minas. Foi criado com Katniss Ele gostava dela, assim como Peeta aparentemente. Mas de quem ela gostava bem, essa é a pergunta que vale um milhão.

Ninguém sabe, nem a própria Katniss. Que torna tudo mais melodramático. Sinceramente, se não fosse o fato de que a relação dela e do Peeta tivesse que ser a mais pura e fiel possível, acho que a capital gostaria muito de assistir esse desenrolo.

Porque parecia algo. De filme? De um filme ruim e patético, um dos protagonistas não se importava nem um pouco com a retrospectiva da morte a sua frente. Acho que os que mais me irritavam nas quedas. Ela não pensava muito no futuro nas suas ações. Ao mesmo tempo, essa era uma qualidade que eu invejava, nela.

Porque foi assim que ela cativou o povo. Foi assim que ela se tornou, de algum jeito, a chama da revolução. Ela é impetuosa. Age sem pensar com o coração. Não penso nos autos ou nas consequências. Ela só faz porque sabe que é certo. É engraçado como, ao mesmo tempo, julgo aí invejo. Eu queria ter isso. A Inocência de fazer as coisas pensando, só que a coisa certa a se fazer. E não imaginando diversos. Finais em que tudo o que eu faço, cada ação tomada, possa ferir aqueles que é o. Ela não pensou nisso quando fez o túmulo de Rue. Não pensou nisso quando resolveu ameaçar se de morte junto com Peeta para salvar os dois, e não pensava nisso agora. Enquanto davam um discurso para o distrito 11, onde abria seu coração.

— Eu só queria dizer que... eu não conhecia o Thresh. Só falei com ele uma vez. Ele poderia ter me matado mas ao invés disso mostrou clemencia e essa é uma dívida que nunca vou poder pagar — Peeta tinha acabado de oferecer um mês de seus ganhos como vencedores as famílias deles e ainda sim Katniss tinha que dizer alguma coisa — Eu conhecia a Rue. Ela não era só minha aliada era minha amiga. Eu lembro dela quando vejo as florem que crescem no prado perto de casa, quando escuto um tordo cantando e quando olho pra minha irmã Prim — Podia ver nos olhos dela a dor e a culpa assim como o luto mesmo que a distância nos olhos das famílias dos tributos caídos era triste e a minha volta vi ao vivo o que Plutarch havia apenas me contado.

A minha volta todos estavam quietos ouvindo a dizer tudo aquilo e acho que a parte que mais me deixava perplexa nisso é que era verdade, não havia um pingo de manipulação ou falsidade nas palavras daquela garota que agora só tinha na cabeça a garotinha que viu morrer nos jogos.

— Ela era muito nova, muito meiga e não consegui salva-la. Eu sinto muito.

E então como uma onda o sinal de três dedos e o assovio de tordo vieram, começando com apenas um senhor que parecia ter idade avançada, mas logo se alastrou como um sinal de perda de solidariedade e de união. Isso não era bom.

Os pacificadores não gostaram nada disso. Ergueram seus bastões e foram até a multidão e o que aconteceu depois foi o mais puro ato de violência e barbaridade. Gritos de fúria e de revolta o homem que começou com tudo aquilo estava sendo arrastado até o palco e para minha surpresa Katniss tentou impedir os pacificadores de o pegarem aquilo estava indo longe demais.

Desviei os olhos da tela e espqrei que eles a trouxessem para dentro do prédio da justiça do distrito 11. Era a força e eu sabia muito bem qual seria o destino naquele senhor.

Tributo de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora