Capítulo 07

410 48 49
                                    

Às vezes podemos viver uma vida onde nunca fomos quem realmente nascemos para ser.
Por medo de errar, ou de decepcionar quem nos ama.
Mas será que realmente vale a pena?

Errar nunca foi uma menção para fracasso. Errar significa que você está aprendendo, que está no caminho certo para conseguir o que quer, mas que desistir seria o seu fundo do poço.

Quem realmente nos ama, se decepcionaria com quem realmente somos? Vale mesmo se esconder por eles? Não, não vale. Mas nunca foi fácil lidar com isso, principalmente quando sua família está no meio disso. E Kate sabe muito bem disso.

Ela estava indo para a academia onde ela treinava depois do trabalho a convite de Maria. As duas saíram juntas da delegacia e foram até lá no carro de Kate, mas no meio do caminho, Kate atendeu uma ligação sem antes ver o nome no identificador de chamada.

"Querida?"
A voz de sua mãe saiu no autofalante do carro, fazendo a morena arregalar os olhos.

-Mãe? Mãe!

"Querida, desculpe atrapalhar a sua noite, só queria lembrar do nosso jantar na semana que vem, tudo certo? "
Enquanto escutava a mãe lembrar desse compromisso, Kate olhava pra Maria abrindo aos poucos a boca em um formato de "o".

-Ah! sim, claro. Tudo perfeitamente certo, eu claramente não havia esquecido disso.

Sua mãe suspira e fica em silêncio por alguns segundos, ela sabia que Kate havia esquecido, ela sempre fazia isso.

"Jhonny já está sabendo?"

Sim, sua mãe sabia que eles não estão mais juntos, e sabia principalmente que ele já estava em outro relacionamento.

-Mãe...

"não me diga que você ainda não consertou isso, Kate!"

Era sempre culpa de Kate, sua mãe sempre a culpou por isso. Kate não respondeu, apenas continuou prestando atenção na estrada.

"Sinceramente, Kate... Johnny sempre foi um menino tão bom, eu sempre pensei que vocês dois iriam casar."

Kate nem percebeu quando começou a acelerar o carro, ela estava com raiva e seu corpo começou a responder sozinho.
Até que ela sentiu a mão de Maria na sua, no volante. Ao olhar rapidamente para a amiga Kate vê seus olhos castanhos brilhando de conforto, ela conhecia Kate suficientemente pra saber o que ela sentia.

"Eu não imaginava que ele escolheria esse caminho nojento, da perdição..."

-Mãe, por favor...

"As aparências enganam... "

-Mãe.

"Seu pai ficaria decepcionado com..."

Antes que Eleanor terminasse a frase, Kate desliga a ligação sentindo o gosto de sangue na boca, ela aguentaria tudo que sua mãe falasse, menos quando ela falasse de seu pai. Ainda com o pé no acelerador, Kate sente a mão de Maria apertar mais ainda a sua mão. A morena suspirou fortemente e sorriu para a ruiva quando parou na frente da academia.

(...)

Os dias favoritos de Kate terminavam assim, com ela suada depois do treino. Sempre se sentindo mais leve pois aproveitava para descontar toda sua frustração, raiva, medo e tristeza. Talvez seja por isso que ela esteja com músculos tão aparentes agora.

-Eu juro, Kate, que se você não segurasse tanto essa ideia de heterossexualidade, eu daria muito em cima de você.

Kate estava suada, usando uma regata branca para esconder os hematomas, que deixavam seus enormes braços para fora, com um rabo de cavalo super apertado,levantando mais de 90 kg no supino e fazendo mais de 1000 abdominais. Quem aqui vai julgar Maria? Ela estava absolutamente quente.

Neverland-ᴋᴀᴛᴇ ʙɪsʜᴏᴘ x ʏᴇʟᴇɴᴀ ʙᴇʟᴏᴠᴀ -𝓐𝓯𝓻𝓸𝓭𝓲𝓽𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora