Capítulo 38

355 27 132
                                    



Como uma delicada tapeçaria tecida ao longo do tempo, a confiança é uma estrutura complexa que sustenta nossas interações sociais e relacionamentos mais íntimos.

Imagine-a como uma torre de cartas, meticulosamente construída com cada ato de bondade, cada promessa cumprida e cada segredo compartilhado. Porém, ao menor sopro do vento da decepção ou da desonestidade, essa torre pode ruir, deixando para trás apenas destroços emocionais e uma sensação de desolação.

Refletindo sobre a natureza da confiança, somos confrontados com uma verdade desconfortável: é mais fácil destruí-la do que reconstruí-la. Como o cristal frágil que se estilhaça em mil pedaços ao menor impacto, a confiança uma vez perdida pode ser uma tarefa árdua de recuperar.

Mergulhando mais fundo nesse abismo de incertezas, somos lembrados das muitas formas pelas quais a confiança pode ser traída. Mentiras sussurradas ao pé do ouvido, promessas quebradas ao vento e segredos revelados ao clarão da lua - todas essas são facetas sombrias da fragilidade humana que podem minar a confiança mais sólida.

Contudo, mesmo diante desse cenário sombrio, há uma centelha de esperança. Pois, assim como a fênix que ressurge das cinzas, a confiança pode ser reconstruída, desde que haja vontade e empenho genuíno. Como alpinistas determinados a escalar uma montanha íngreme, devemos estar dispostos a enfrentar os desafios que surgem no caminho da reconstrução da confiança perdida.

Hoje será um dia que a confiança que Kate tem em todos os seus amigos será colocada à prova, se cada um ali fizer o que foi combinado, Kate não iria mais precisar fugir, ela poderá ter seu trabalho de volta e viver sua vida normalmente como antes. Quem passará a ter que fugir será ele, Loki. Quer dizer, ele só irá fugir se o plano de Kate der errado.

–Ele saiu, começou. Vá em frente, Wanda.

Kate disse ao ver Loki sair de sua casa, depois de esperar quase uma hora, escondida do outro lado da rua.

Com os fones no ouvido, Wanda recebe sua mensagem e começa a se preparar.

A ruiva estava na rua, com seus cabelos escondidos por uma peruca loira, um vestido florido rosa com um avental branco em cima, óculos fofos de coração e nas mãos algumas flores. Ela estava disfarçada de vendedora de flores em sinal, duas ruas depois da casa de Loki, um lugar que ele era obrigado a passar.

Alguns segundos depois, Wanda viu o carro de Loki virar a esquina e para no sinal vermelho. A mulher começou a agir, empurrando seu pequeno carrinho de flores até a faixa de pedestres e parando bem em frente ao carro do homem.

Com um enorme sorriso ensaiado, Wanda vai até o homem em seu carro conversível. Como de praxe, ele não tinha uma cara muito feliz, e fez pouco caso da mulher, alegando que não tinha dinheiro.

–Não tem problema, eu posso dar essas para o senhor, Vejo que precisa alegrar um pouco a sua vida.

Alegou Wanda, o que fez o homem lhe olhar com uma sobrancelha alta. Apenas respondendo com um sorriso, Wanda lhe entrega um pequeno buquê de flores amarelas e rosas.

–Ok, ok, agora tire esse seu carro velho da minha frente, o sinal já abriu faz tempo.

Wanda engoliu em seco, jogando pra longe a irritação que subiu em seu corpo, única coisa que lhe fez realmente ir sem fazer mais nada, foi ver Loki cheirar as flores. Wanda sabia que depois disso, em apenas alguns minutos, Loki se arrependeria disso. Voltando para o seu carrinho e empurrando feliz enquanto saia da rua, Wanda fala.

Neverland-ᴋᴀᴛᴇ ʙɪsʜᴏᴘ x ʏᴇʟᴇɴᴀ ʙᴇʟᴏᴠᴀ -𝓐𝓯𝓻𝓸𝓭𝓲𝓽𝓮Onde histórias criam vida. Descubra agora