-Meu Deus do céu...foi por pouco, não foi?-Sente cheiro de gelo? Pelo amor de Deus!
-Anote a hora no diário...-O oficial William Murdoch suava frio.
-O que foi?-Pergunta o capitão Smith.
-Um iceberg...eu virei tudo para estibordo e engatei a marcha ré, mas não dava tempo, estava perto demais. Eu tentei sair de perto mas...-Fechem as comportas.-Interrompe o capitão.
-Já foram fechadas.-Ele caminha até a lateral da cabine.
-Desligar máquinas.-Smith observa o deque inferior e os pedaços de gelo caídos.-Mande verificar as avarias.-Ordena com um semblante de preocupação.
(...)
-Porca puttana!-Fabrizio desce da beliche e acende a luz, se deparando com o chão inundado.-Ma che cazzo è!-Os outros tripulantes acordam e saem para fora.
-Tá tudo inundado!Vamos sair daqui!-Carter grita para os companheiros. Todos pegam suas coisas e correm pelos corredores, Carter vestia a parte superior de suas roupas.-Sigam os ratos! Se eles estão indo para aquela direção, é porque estamos no caminho certo.
(...)
Enquanto isso, a primeira classe não sabia o que estava acontecendo, mas estavam querendo saber o porquê das máquinas terem parado.
-Você aí!-Barry chama um rapaz quando sai de sua suíte.
-Senhor, não há emergência.
-Há sim senhor! Eu fui roubado!
-Chame o chefe de segurança.-Ordena Lovejoy.
-Já, seu molenga!-Barry reforça grosseiramente.
-Sim, senhor.
(...)
Jacqueline e Michael subiam as escadas até o deque superior, e observam o senhor Andrews conversando com os oficiais, foi aí que constataram que algo ruim estava acontecendo.
-Isso não é bom.
-Vamos avisar a mamãe e o Barry!
(...)
-Acho que são muito bons.-Um dos oficiais olha os desenhos de Michael na sala de estar, enquanto investigava a queixa de roubo. Mas Barry tira a pasta de desenhos da mão dele bruscamente.
-Não toque em nada!-Eu quero o camarote todo fotografado.
Jacque e Michael caminhavam de mãos dadas em direção ao camarote, Lovejoy estava logo no começo do corredor.
-Procurávamos pela senhorita.-Ele os segue, e o diamante azul é colocado no bolso de Mike, sem que ele percebesse. A mãe de Jacque se espanta ao ver os dois de mãos dadas.
-Algo grave aconteceu.
-Sim, aconteceu.-Barry lança um olhar para Lovejoy antes de prosseguir, para ter certeza de que o plano estava indo bem.-Duas coisas que me são caras desapareceram esta noite. Agora que uma voltou, sei onde posso encontrar a outra. Revistem-no.
-Tire seu casaco.-Diz um oficial enquanto outro começa a revistá-lo.
-O que foi agora, hein??-Michael questiona.
-Barry, o que está fazendo? Estamos numa emergência, o que está havendo?!
-É isso aqui?-O oficial pergunta ao tirar o diamante do bolso do rapaz.
-É, esse mesmo.-Barry confirma.
-Isso é mentira!-Grita Mike.-Não acredite nele, Jacqueline!
-Ele não faria isso...-Murmura a moça, se recusando a acreditar.
-É muito fácil para um profissional.
-Mas eu estava com ele o tempo todo, isso é um absurdo!
-Talvez tenha pego enquanto você colocava sua roupa de volta.-Barry sussura no ouvido dela.
-Muito esperto. Jacque, eles colocaram isso no meu casaco!
-Cala a boca!
-Esse bolso nem é seu, rapaz!-O oficial mostra a etiqueta na peça de roupa.-Propriedade de A.L. Ryerson.
-A queixa de roubo foi dada hoje à tarde.
-Era um empréstimo, eu ia devolver!
-Olha só, temos um ladrão honesto aqui, gente!-Barry ironiza.
-Jacqueline, eu não faria uma coisa dessas, sabe disso!-Mike a encara enquanto é algemado.-Eu não fiz nada, você me conhece! Jacqueline, por favor!
-Vamos rapaz! Seja bonzinho!-Michael é levado pelo segurança. A mãe de Jacque segura a filha, impedindo-a de ter qualquer reação. A jovem não sabia o que pensar.
-Jacque!
-Não resista rapaz! Vamos andando!
-Sabe que não fui eu, você me conhece!
(...)
-É realmente uma pena!-Senhor Andrews abre um desenho do navio e o coloca sobre uma mesa.-Agua, quatro metros e meio acima da quilha, em dez minutos. No porão da proa, e em todos os três porões, na sala das caldeiras seis.
-Isso mesmo senhor.
-Quando podemos prosseguir?-Pergunta Ismay.
-São cinco compartimentos!-Andrew grita.-Ele pode flutuar com quatro compartimentos danificados, mas não cinco. Conforme a proa se abaixa, a água vai passar por cima das anteparas do deque. Indo e voltando, uma após outra. Não tem como parar isso.
-E as bombas?
-As bombas vão nos dar mais tempo, mas apenas alguns minutos. A partir de agora, não importa o que se faça. O Titanic vai afundar.
-Mas é um navio que não afunda!-Exclama senhor Ismay.
-Ele é feito de ferro e asseguro que afunda! E vai afundar.-Afirma senhor Andrews, já irritado com o mito de que o navio é inafundável.
-Quanto tempo?-Pergunta o capitão.
-Uma hora. Duas no máximo.
-Quantas pessoas há a bordo, senhor Murdoch?
-2.200 pessoas a bordo, senhor.-Responde o oficial.
-Acho que vai conseguir sua manchete, senhor Ismay.-Diz o capitão Smith, o encarando.
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Titanic | Michael Jackson
FanfictionO ano era 1912. Jacqueline McQueen, uma jovem rica, está noiva de um arrogante homem de 41 anos, herdeiro de uma siderúrgica, chamado Barry Mills. Michael Jackson, um artista pobre, ganha uma passagem de terceira classe para o luxuoso RMS Titanic, e...