Capítulo 2 🚢❤

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Narração

-Este é o seu convés de passeio particular, senhor Mills.-O empregado apresenta a área luxuosa.-Deseja alguma coisa?-Nega com a cabeça, e observa a bela vista pela janela.

(...)

-Quer pendurar isso, senhorita?-Pergunta a criada.
-Sim, por favor. Temos que alegrar este camarote.-Responde Jacqueline, observando um quadro de pintura antes de colocá-lo no chão.
-Ah não. Não me venha com esses desenhos de novo, Jacque. É um desperdício de dinheiro, sabia?-Diz Barry tomando seu champanhe em uma taça.
-A diferença entre o gosto de Barry e eu, é que eu tenho bom gosto.- Coloca outra pintura no chão.-São fascinantes. É como estar em um sonho. Há verdade, mas não há lógica.
-Qual o nome do artista?-A criada pergunta.
-Alguma coisa Picasso.
-Alguma coisa Picasso...-Barry ri debochadamente.-Ele não vai muito longe. Não vai, acredite.
- Vamos colocar o Degas no quarto.-Ela ignora o noivo e vai com sua criada até o quarto.
-Pelo menos são baratos...

(...)

Em Cherbourg, uma mulher chamada Margaret Brown embarcou. A chamavam de Molly. A história a chamaria de Molly Brown.
O marido dela tinha encontrado ouro em algum canto do Oeste, ela era o que a mãe de Jacqueline chamava de "nova rica".


Na tarde seguinte, o transatlântico estava saindo da Costa da Irlanda. Nada havia diante da tripulação, somente o oceano.

Michael correu para a proa do Titanic, juntamente com seu amigo Fabrizio. Estava se divertindo vendo os golfinhos no mar, alguns dando pulos fora da água. Os gritinhos originais de Mike eram inevitáveis.

- Eu já consigo ver a estátua da liberdade.-Diz Fabrizio, sorrindo.-Muito pequena, é claro.
-EU SOU O REI DO MUNDOOOOO UHUUUUUUL!-Michael sobe em mais um corrimão. Abre seus braços e fecha os olhos, a sensação era de que estava voando. Seus lindos cachinhos balançavam com o vento.

(...)

-É o maior objeto que se move já criado pela mão do homem em toda história.E o nosso grande construtor, senhor Andrews o projetou por inteiro.-Senhor Ismay se vangloria na mesa, onde também estava Barry, e Jacque com sua mãe.
-Posso até ter construído, mas a ideia foi do Senhor Ismay. Ele sonhou com um navio a vapor tão grande e tão luxuoso que a sua supremacia jamais seria desafiada.  E eis-lo aqui. O sonho se tornou realidade.

Jacque acende um cigarro e dá uma tragada.

-Sabe que eu não gosto disso, Jacqueline.-Amber Mcqueen a repreende, a filha sopra a fumaça no rosto da mesma.
-Ela sabe..-Barry tira a piteira com o cigarro e apaga em um cinzeiro.-Carneiro pra nós dois. Mal passado com um pouco de molho de hortelã. Gosta de carneiro, não é?-Pergunta à sua noiva, ela apenas sorri.
-Vai querer cortar a carne pra ela também, Barry?-Molly pergunta rindo, ao observar o que ele tinha feito a poucos segundos.-Rapaz...quem pensou nesse nome Titanic? Foi você, Bruce?
-Na verdade foi. Eu queria me referir ao tamanho. Tamanho significa estabilidade, luxo, e acima de tudo, força.
-Conhece o Dr. Freud, senhor Ismay? As pesquisas dele sobre preocupação masculina com o tamanho podem ser de interesse especial para o senhor.-Jacque comenta sem pudor, senhor Andrews não conteve o riso.
-Mas o que deu em você??-Pergunta a mãe.
- Com licença.-Ela se levanta em direção ao convés.
-Peço desculpas.-Diz Amber.
- Ela é uma escolha e tanto. Espero que consiga lidar com ela.-Molly comenta com Barry.
-Acho melhor eu começar a observar o que ela lê de agora em diante, não é senhora Brown?-Responde sarcástico.
-Quem é Freud? Um passageiro?-Pergunta o pobre senhor Ismay.

(...)

Michael observava um pai brincando com sua garotinha, e desenhava os mesmos em seu caderno. Ele tinha um dom para a coisa, cada traço, cada detalhe...um artista nato.

-O navio é bonito, não é?-Fabrizio comenta com um jovem negro que fumava no deque onde ficavam concentrados os tripulantes pobres.
-É sim. Ele é um navio Irlandês.
-Não é inglês??
-Não, ele foi construído na Irlanda. Mil e quinhentos irlandeses o construíram. Parece uma rocha! Grandes mãos irlandesas.-Um funcionário passa com uns três cachorros.-Isso é típico. Os safados da elite trazem os cachorros pra fazer cocô aqui.
-Assim eles mostram qual é o nosso lugar na sociedade.-Comenta Michael.
-Como se fôssemos esquecer. Sou James Carter!- Ele aperta a mão de ambos.
-Michael Jackson, prazer!
-Fabrizio!
-Oi! Aí, ganha dinheiro com seus desenhos?-Michael não responde, pois nesse momento ele vê a linda Jacqueline no convés superior, ela se escora no corrimão.-Pode esquecer, irmão. Mais fácil você ver um monte de anjos voando do que se aproximar dela.-Ele não parava de observar a jovem, estava encantando, ela chega a olhar em direção a ele, mas logo vira o rosto.
-Ei-Fabrizio balança um dos braços para ver se o amigo despertava do transe. Logo Michael vê outro homem, com cabelo médio igual o dele, se aproximando e a pegando pelo braço, conversam um pouco e em seguida, a moça sai dali, acompanhada do homem que era seu noivo.

Tive que colocar o Chris Tucker na história, porque sim! 🤭

Titanic | Michael JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora