Capítulo 15

30 5 0
                                    

Por mais que eu tentasse argumentar, minha mãe não aceitou ficar parada. Ela me arrastou até o hospital e pediu para visitar meu pai. A surpresa veio logo depois. Madison.

As duas ficaram um tempo se encarando, e nenhuma das duas foram capazes de dizer alguma coisa na minha presença. Precisei sair de perto delas, prevendo a terceira guerra mundial prestes a acontecer, graças a elas.

Fiquei sentada na sala de espera, aguardando as duas conversarem enquanto trocava mensagens com Dylan.

"Como estão as coisas?", Ele pergunta.

"Estou no hospital. Minha mãe e Madison estão conversando...", contei.

"Quer que eu vá até você?"

"Melhor não. Coisa de família. Desculpe..."

"Não se desculpe, Saddie. Eu entendo."

"Você ainda irá embora para casa?". Eu precisava saber se seus planos ainda eram os mesmos.

"Ainda não sei. Acho que verei meus amigos mais tarde".

"Certo. Te vejo depois. Divirta-se".

"Cuide-se, Saddie".

Suspiro. Sei que praticamente pedi ao Dylan não investir em mim, mas estou tão confusa quanto ele. Até dois dias atrás, eu era apaixonada por Duke, e nunca planejei esquecê-lo. Sequer cogitei que conseguiria. Admito que me sinto mexida quando estou Dylan, é como se todos os meus sentidos ficassem mais aguçados.

Minha vida está uma bagunça, e não sou capaz de dar atenção à minha vida amorosa agora. Mesmo que eu quisesse tentar algo com Dylan, como poderia? Na situação em que me encontro, seria outra bagunça.

Vejo minha mãe se distanciando de Madison e eu vou até ela, caminhando em passos largos.

— Mãe, o que foi?

— Essa... mulher acha que tem algum... direito! Ela não quer me deixar ver seu pai.

— Podemos falar com o médico.

— Sim, podemos. Mas, você o verá, eu a convenci de que seu pai precisa de você, mais do que nunca. Se ela impedisse você, não sei o que faria.

— Então poderei vê-lo?

— Sim. Vá, ela disse que acompanha você. Falarei com o médico.

— Direi ao papai que você quer vê-lo.

— Não. Aquela mulher pode criar problemas. Estou me segurando para não puxar os cabelos dela e arrastá-la para fora.

— Por isso eu não queria que você viesse.

Minha mãe me encara, mas não diz nada. Ela sabe que a minha preocupação é válida.

A porta do quarto estava entreaberta e eu pude ver meu pai, com vários fios pelo corpo e com Madison ao seu lado. Ele leva algum tempo para perceber minha presença, e me pede para entrar.

— Minha filha, que bom que está aqui. — Diz ele, suspendendo a mão para mim.

— Oi, pai. Como se sente?

— Melhor agora.

— Seja rápida, Saddie. Logo será o horário da medicação dele. — Alerta Madison.

— Me deixe a sós com meu pai, por favor. — Rosno.

Contrariada, ela sai do quarto, esbravejando silenciosamente seu descontentamento.

Má CompanhiaOnde histórias criam vida. Descubra agora