𝔙𝔦𝔫𝔱𝔢 𝔢 𝔫𝔬𝔳𝔢

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Minho caminhava até o quarto de Jisung com Afosíosi em seu encalço, esperava encontrar Jisung ainda dormindo.

Entretanto, assim que chegou no quarto, Jisung já estava de pé, o garoto lhe abriu um sorriso e fez um carinho na pantera.

ᅳ Vamos? ᅳ Jisung perguntou encarando Minho que concordou.

ᅳ Ela já apareceu hoje? ᅳ Minho perguntou calmamente enquanto andava ao lado de Jisung.

ᅳ Já, em meus sonhos, nada de tortura pode ficar tranquilo, nossa última conversa foi bem… como posso dizer, ela sabe o que está em jogo.

Minho concordou com a cabeça, se lembrando da ameaça que Jisung havia feito, sobre tirar a própria vida, assim nem ele nem a maldição teriam o que queriam, Minho não gostou da ideia mas não disse nada, Jisung era quem carregava a maldição, então era ela quem sabia lidar com ela.

Os dois entraram na enfermaria e encontraram Hyunjin e Seungmin trabalhando, os dois apenas acenaram para os amigos e entraram na sala, dessa vez Jihoy não estava lá, segundo ela já havia visto o suficiente.

Jisung não tardou em tirar as roupas e entrar na água, estava ansioso para discutir novamente com a maldição, sentia que finalmente tinha algum tipo de controle.

ᅳ Está apressado hoje ᅳ Minho comentou com o de cabelos azuis que apenas se deitou na banheira e chamou Minho para se juntar a ele com um gesto de mão.

ᅳ Talvez eu consiga um avanço hoje.

Minho entrou na banheira, e encostou suas costas no peitoral de Jisung.

O mais novo passou os braços pela cintura de Minho e o apertou em seu abraço,  respirou fundo e então fechou os olhos.

Não demorou para que Jisung pegasse no sono, assim como Minho, e em um estalar de dedos eles estavam na mente de Jisung.

A mente de Jisung na maioria das vezes os levava para a praia, local onde Jisung se sentia mais conectado com suas dádivas, e mais conectado com si mesmo.

Jisung andou pela areia e deu um giro abrindo os braços, era como estar realmente na praia e não só em sua mente.

ᅳ Você não acha tudo isso libertador? A brisa, o som da água, tudo ᅳ Jisung perguntou para Minho que concordou com a cabeça e se sentou na areia.

Jisung se aproximou dele e se sentou ao lado do mais velho.

ᅳ Está tão quieto, o que ocorreu? ᅳ Perguntou a Minho encarando seu rosto e os cabelos que se moviam com o vento.

ᅳ Você… eu tenho pensado no nosso beijo, você não pensa nele? ᅳ Minho perguntou ainda sem olhar nos olhos de Jisung.

ᅳ Que fofo ᅳ Outra voz foi ouvida mais ao longe.

ᅳ Sente-se conosco sua maldita ᅳ Jisung falou dando tapinhas na areia.

ᅳ É assim que você irá lidar comigo? ᅳ A maldição perguntou se aproximando e se sentando ao lado de Jisung.

ᅳ Não vamos brigar, se não, você já está ciente do que vai acontecer  ᅳ Jisung falou para a maldição e Minho ao seu lado resmungou.

ᅳ Parece que ele não gostou muito da ideia ᅳ A maldição falou com um pequeno sorriso.

ᅳ Vamos fingir que minha opinião tem alguma importância ᅳ Minho respondeu sarcasticamente.

ᅳ Eu estou disposto a ouvir vocês dois, sou todo ouvidos ᅳ Jisung respondeu e então Minho virou o rosto para si ᅳ Resolveu me encarar agora?

ᅳ É difícil olhar pra você e não poder te beijar ᅳ Minho respondeu sério fazendo Jisung corar.

ᅳ Que breguice.

ᅳ Se você quiser pode sair ᅳ Minho falou dessa vez olhando para a maldição.

ᅳ Vocês estão perdendo o respeito por mim ᅳ A maldição respondeu e o chão abaixo deles tremeu ᅳ Eu ainda tenho muito controle.

ᅳ Vamos nos acalmar, eu não estou em clima pra briga hoje, mas não vou negar entrar em uma se você continuar ᅳ Jisung falou encarando a maldição que revirou os olhos.

ᅳ Diga o que você quer, está cheia dos enigmas ᅳ Minho falou voltando seu olhar para o mar.

ᅳ Eu sempre vivi aprisionada, só quero poder experimentar das coisas.

ᅳ Você já tentou não matar as pessoas quando faz isso? Seria uma boa, assim ninguém ia querer ficar te expulsando.

ᅳ Tá irritadinho porque o nosso amigo aqui não expõe o que sente é? ᅳ A maldição falou implicando e Minho respirou fundo abaixando a cabeça.

Uma bolha de água se formou acima da maldição a molhando por completo.

ᅳ Ei!

ᅳ Continue sua linha de raciocínio.

ᅳ Eu não consigo, não consigo aproveitar já que inevitavelmente eu acabo corroendo a pessoa que me possui, não é algo que eu controle é muito poder em uma só pessoa.

ᅳ E se dividimos? Como naquele livro em que eu li, você poderia passar um pouco de você para mim ᅳ Minho propôs mas Jisung ligo interveio.

ᅳ É muito perigoso.

ᅳ Mas tem uma chance de fazer você sobreviver, se não tentarmos você não terá chance nenhuma.

ᅳ Eu não vou colocar sua vida em risco Minho, olha tudo que você tem, família, amigos, um reino!

ᅳ Não vai ser a mesma coisa se o que eu mais quero vai estar a sete palmos debaixo da terra! ᅳ Minho exclamou se levantando e passando as mãos pelos cabelos.

ᅳ Agora sim, as coisas estão acontecendo ᅳ A maldição falou e se afastou um pouco.

ᅳ Tudo… Tudo o que eu fiz até agora Jisung, tudo foi por você, para você, eu não ligo se posso acabar morrendo no processo, porque existe uma chance de você sair vivo e eu também, e uma chance de vencermos essa guerra e… o que eu sou para você Jisung? Só seu treinador? Ou só um colega que antes era seu inimigo? O que eu sou? ᅳ Minho desabafou encarando Jisung, os olhos brilhando em lágrimas que não eram derramadas.

Jisung nada disse, apenas encarou o naturalista, o elemental se levantou e pegou uma das mãos de Minho.

ᅳ Você é muito mais que meu treinador ou colega Minho, e é por isso que eu não quero arriscar, eu também penso sobre nosso beijo, penso no seu bem-estar, e sou muito grato a tudo que fez por mim, mas não quero arriscar sua vida, ela é muito preciosa para mim, e para vários outros ᅳ Jisung respondeu levando a mão até o rosto de Minho que deixou algumas lágrimas rolarem por seu rosto.

ᅳ Me permita ser mais que seu colega, me permita ser seu Blueberry ᅳ Minho sussurrou encarando os olhos de Jisung.

Jisung abriu um sorriso, aproximou seus lábios dos de Minho e deixou um leve beijo.

ᅳ Eu permito que seja meu gatinho, assim como eu sou seu.

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Não foi revisada amores

Profecia//MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora