Capítulo 12 | Parte 3

637 27 13
                                    

Ela não teve chance de dizê-lo, pois Alfonso levou sua boca até a dela, explorando-a com um beijo lento e sedutor que fez a pulsação de Anahí disparar. Era tudo tão excitante quanto da primeira vez. Anahí deixou escapar um gemido baixinho e agarrou Alfonso pela camisa. Dessa parte ela ainda dava conta. Se ele parasse por aí, os dois tirariam dez.

Ele foi empurrando-a para trás até seus ombros serem pressionados contra a porta. Anahí sentia a rigidez das coxas de Alfonso aprisionando as suas e sentiu a pressão grossa do corpo dele contra o seu. Encurralada, soltou um gemido leve e envolveu seus braços em torno do poder sólido daqueles ombros.

Beijar Alfonso era uma experiência de corpo inteiro.

Ela sentiu breves estremecimentos de excitação percorrerem sua pele e descerem-lhe pelos braços e pernas. Suas mãos apertaram os ombros dele cravando fundo as unhas nos músculos rígidos e másculos. Anahí era grata pela força dele, pois não tinha certeza se poderia confiar em seu próprio corpo para se manter de pé. Felizmente, não precisava se preocupar com isso, pois ele a manteve presa contra o seu corpo, aprisionando-a enquanto a beijava. Sua boca era quente e voraz; seu beijo era exigente e explícito.

Sua mão livre deslizou para cima, envolvendo o seio pesado de Anahí nas finas camadas de sua roupa. Era a primeira vez que Alfonso a tocava tão intimamente e ela ficou tensa. Ele fez uma pausa e arrastou seu polegar lentamente até o mamilo. Uma sensação percorreu o corpo de Anahí como um raio que cai dos céus e ela gemeu contra a boca dele. Seu desejo era tão intenso que era difícil ficar parada. Ela sentiu a mão dele apertar-lhe o quadril, segurando-a firme, enquanto a outra continuava a provocar cada uma das terminações nervosas de seu corpo com carícias lentas e deliciosas que a faziam estremecer.

Ela conseguia sentir o volume duro e pesado de Alfonso contra si. Ele continuou a beijá-la, ainda aprisionando-a. De repente, nada disso bastava. Ela queria mais. Ela não queria ser tocada por cima das roupas; queria sentir tudo e levou a mão dele à bainha de sua blusa. Sem tirar os lábios dos dela, Alfonso abriu botão por botão de forma que tudo o que restou entre os dois foi a peça de seda e renda que Dulce insistiu que Anahí vestisse. Ela não o sentiu abri-la, mas ele deve tê-lo feito, pois Anahí sentiu o suave deslizar do tecido sussurrar-lhe sobre a pele ao cair no chão. Alfonso então mergulhou ainda mais fundo no calor de sua boca, e Anahí fechou os olhos.

Sua língua deslizava em círculos lentos e deliciosos que elevavam a excitação dela às alturas. Até aquele momento, Anahí não fazia a menor ideia de que o prazer podia ser tão agonizante. Sem aviso prévio, Alfonso tomou-a no colo e levou-a até a cama.

Ele a colocou sobre um suave ninho de travesseiros e almofadas, mergulhando-a em um rodopiante mundo de sensações à medida que continuava a despi-la. Alfonso tirou a camisa e Anahí viu rapidamente sua tensa musculatura antes de ele se deitar sobre ela. Seus pelos do peito roçaram a pele hipersensível de Anahí. Logo ele voltou a beijá-la.

A janela estava aberta e os únicos sons eram o barulho do mar que se deitava sobre a areia e o tom desigual da respiração de Alfonso enquanto ele descia e beijava cada vez mais o corpo de Anahí, por fim, separando-lhe as coxas.

Para Anahí, sexo sempre havia sido uma trapalhada profundamente insatisfatória no escuro, mas a cabana recebia a força total do sol no fim de tarde: o calor dos raios se esparramava sobre sua pele e destacavam cada centímetro de seu corpo nu. Ela sentiu o toque delicado e enlouquecedor da língua de Alfonso no topo de suas coxas e tentou se esquivar.

— Para! — Mortificada, tentou afastá-lo. — Você não pode fazer isso!

— Por que não?

— É constrangedor demais...

Pôr do sol no Central ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora