Capítulo 4

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O professor falava muitas palavras e frases que muito provavelmente eu me arrependeria de não ter prestado atenção

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O professor falava muitas palavras e frases que muito provavelmente eu me arrependeria de não ter prestado atenção. Contudo, era impossível ter qualquer foco quando olhos tão claros quanto o oceano te encaravam do outro lado do campus.

Eu estava ciente de sua presença ali, até demais se fossemos ser sinceros. Graças as grandes janelas da sala, eu tinha uma visão perfeita dele. Com uma blusa branca e calças largas e pretas, ele estava escorado num dos carros de papai. Me esperar durante as aulas pelo visto era um requisito em seu trabalho.

Solto um riso fraco, que merda de trabalho também. Era a primeira vez em que ele aparecia por aqui e eu já estava pirando. Não sei bem a razão desse alarde todo, mas acho que o tópico ter ficado quase nua com ele era um dos motivos. Eu pretendia fingir demência e seguir com o plano de negar até a morte, mas havia apenas uma coisa pela qual eu não podia controlar.

Olho para minha mãos, sentindo-as quentes. Este cara tinha um efeito gritante em meu corpo, era como se um olhar dele fosse uma chama que descia direto para as minhas partes baixas. Seria difícil - se não impossível - não pensar em seus beijos a cada momento em que ele estivesse me seguindo para todo canto.

Balanço a cabeça, eu precisava ter foco. Pego uma caneta, anotando algumas informações no caderno. Eu tinha cansado de me sentir miserável por minha situação, ter passado a maior parte da noite remoendo tudo foi de fato desgastante.

Eu queria bolar um plano, algo que fizesse meu pai ver que podia confiar em mim novamente. Apesar de Alec ser um colirio para os olhos, ele ainda era um aliado de papai que estava sendo bem pago para fazer qualquer coisa a seu mando. Além do mais, eu não sabia nada dele.

Volto a olha-lo, avaliando minhas alternativas. Eu tinha apenas dois extremos sem nenhum núcleo, algo como meter o foda-se e mandar tudo para o céu, mas virar uma indigente mundo a fora ou apenas seguir a risca tudo o que meu pai disse até que meu segurança particular não fosse mais necessário.

Apesar de ser atrativo fugir sem olhar para trás, eu sabia que sair com as mãos abanando não seria a melhor idéia. Bufo, resignada. Eu estava ferrada de formas nada boas mesmo.

— Que cara é essa? — Uma voz soa, logo alguém se senta ao meu lado.

— Problemas. — Encaro minha melhor amiga, Ana. — Papai me arrumou um segurança.

Uma risada escapa de sua boca, me fazendo encara-la com ódio.

— Não vejo graça.

— Desculpa, mas é um pouco engraçado. Seu pai acho que você vai fazer o quê? Vender informações da empresa para as pessoas e fazer um império de gerações cair? Me poupe.

— Você deveria ir falar com ele. — A olho com um sorriso.

— Mas nunca! — Ana faz uma careta. — Ele me da arrepios

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