E se a única noite em que você pudesse se perder em desejos e luxúrias, acabasse sendo o fim de toda sua liberdade? E, se o homem que te tirou de órbita e a levou a sentir coisas deliciosas, de um dia para o outro se tornar seu segurança pessoal?
A...
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— Estou fodido! — Digo assim que me jogo no sofá de Natan. — A níveis catastróficos, cara.
— Está falando da morena, não é?
Não respondo, lhe olhando como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Porra, eu estava me sentindo um tremendo bosta por ter mentido para ela. Anelise havia confiado em mim, disto eu tinha certeza.
— Está mais do que fodido. — Ele ri. — Você se preocupa com ela?
— Lógico.
— Hm.
— Não faça essa cara. — Bufo. — Me preocupo pois ela está rodeada de gente merda.
— Incluindo você?
— É, incluindo eu.
Sinto meu coração se apertar. Lise estava no meio de uma guerra e nem ao menos tinha ciência. Eu precisava me afastar dela ou lhe contar toda a verdade.
Eu não sabia se seria possível voltar atrás e simplesmente dizer a meu pai que eu tinha falhado. De certo eu teria minha passagem direta para o inferno.
Isto era a porra de um dilema. Penso por um bom tempo em todas as minhas alternativas. Eu precisava deixar Lise preparada para o que é que fosse. Seja a queda do seu pai ou a minha própria.
Eu precisava cuidar dela. Era minha missão já que eu seria o causador de boa parte do seu sofrimento. Sei que ela e seu pai não tinham uma relação tão boa, mas também sei que isso não significa que ela estaria disposta a vê-lo cair sem tentar ajudar.
— Sabe o que eu acho?
Natan volta a falar, me fazendo encara-lo. Vejo seu dedo apontar para mim de forma ereta.
— Se você se importa com ela. — Ele soa risonho. — O que eu acho que não é só isso, você tem...
— Como assim não é só isso?
— Cara, qual foi a última garota que você ficou mais de uma vez?
— Não estamos ficando, idiota.
— A é? E o que estão fazendo?
Boa pergunta. — Penso. O que estávamos fazendo? Eu tinha apenas um objetivo, ajudar Anelise com suas aventuras sexuais, e só. Nada mais sairia disto.
Estava sendo bom para um caralho? Claro que sim! Anelise era simplesmente deliciosa, tinha aquela bunda que me enlouquecia. Além de estar sendo tão receptiva quanto aos seus desejos que eu seria louco se não estivesse adorando.
Eu já tinha lhe dado mais de três orgasmos seguidos apenas com os dedos e boca. Não fazia ideia de como ainda estava me segundo quanto ao sexo de verdade. Eu queria mais do que tudo me enfiar nela e fazê-la gemer meu nome.
Contudo, isso acabaria sendo ainda mais complicado do que o que já tínhamos.
