E se a única noite em que você pudesse se perder em desejos e luxúrias, acabasse sendo o fim de toda sua liberdade? E, se o homem que te tirou de órbita e a levou a sentir coisas deliciosas, de um dia para o outro se tornar seu segurança pessoal?
A...
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Eu estava aqui mais um vez.
Já tinha aceitado a realidade de que não conseguiria evitar Daniel. Nossos pais estarem conectados devido a empresa era motivo o suficiente para isso.
Contudo, não reagiria da mesma forma. Olho para Daniel do outro lado da sala, um sorriso presunçoso se dispunha em seus lábios, mas isso só me dava vontade de rir da sua cara. Mesmo sem Alec - que havia saído para uma conferência dos seguranças - eu me sentia confiante. A presença de Daniel pouco me importava.
A única coisa que minha mente conseguia pensar era em como eu queria ir para casa e agarrar meu segurança. Eu podia estar muito bem me tornando uma viciada em sexo, coisas assim aconteciam o tempo todo. Alec já havia me concedido quase todos os meus desejos, faltando apenas os dois mais alarmantes. Sexo anal e duplo me faziam suar em expectativa. Eu já vi alguns vídeos e eles só me fizeram desejar ainda mais fazer isto.
Todavia, eu não sabia se continuaríamos tendo nosso acordo depois destes dois itens serem concluídos. Em tese, só estávamos fazendo isto para ter meus desejos feitos, mas se eles acabassem não teríamos mais desculpas para serem dois coelhos excitados.
Encaro novamente Daniel, analisando sua face. Como eu tinha dito a Alec, ele era bonitinho. Apesar de ser um canalha, ele tinha uma aparência agradável. Lembro de como nossas intimidades eram, de como Daniel não fazia nem metade do que eu estava tendo agora. Tenho vontade de rir ao perceber que se eu estivesse com ele, nunca seria capaz de conhecer tantas formas de gozar.
— A Gute's ruiu. — Ouço papai dizer com uma voz firme, me fazendo prestar atenção no que acontecia ao meu redor. — Sei que aquele canalha está por trás disto, não podemos deixar nada passar. Ele quer ser o maior, fará de tudo para que a Killman's caia também.
— Temos que bolar um plano. — O pai de Daniel fala, seus olhos caindo em mim. — Ou podemos usar nosso combinado.
Papai me olha, fazendo com que eu franza a testa. O que estava rolando?
— Não. — Ele diz por fim. — Só o usaremos em último caso, ainda temos tempo.
— Precisamos unir forças, Anthony. Minha empresa será uma boa artimanha contra ele, sabe disso.
Eu não sabia quem esse ele era. Entretanto, sabia que se tratava de algum concorrente. O pai de Daniel tinha uma empresa secundária na qual havia inaugurado anos antes de se tornar sócio da Killman's. Se estavam planejando se unir, alguma coisa realmente estava acontecendo.
— Temos tempo. Por enquanto apenas se mantenham em alerta. Nosso seguranças estão em treinamento intensivo hoje para que estejam ainda mais preparados para qualquer situação incomum, quero que todos mantenham as senhas de acesso sob total sigilo e cuidado.
Todos na mesa concordam, o clima se tornando um pouco denso.
— Nada vai acontecer. — Papai os tranquiliza. — Somos a maior a mais de 40 anos, aquele filho da mãe não tem a menor chance.
