E se a única noite em que você pudesse se perder em desejos e luxúrias, acabasse sendo o fim de toda sua liberdade? E, se o homem que te tirou de órbita e a levou a sentir coisas deliciosas, de um dia para o outro se tornar seu segurança pessoal?
A...
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Eu me sentia feliz.
Sim. Nem mesmo as dezenas de provas em que tive essa semana puderam me deixar para baixo. Tudo estava uma maravilha, eu estava uma maravilha.
Vejo Ana me olhar com cara de quem sabe de algo. Sorrio, olhando para o quadro negro em nossa frente.
Os últimos dias foram deliciosos. Alec havia me ajudado com meus desejos todas as noites, mas não passou de carícias que me levavam a loucura.
Ele havia me feito enlouquecer em seus dedos, boca. Com brinquedos e tudo o que eu tinha direito. Toda noite ele se esgueirava para meu quarto, me agraciando com seus beijos de tirar o fôlego.
Eu já disse que ele beija bem demais?
A cada noite eu queria mais. Queria também lhe dar prazer, mas Alec diz que esse acordo era para me fazer experimentar. Não ele.
Contudo, eu não iria negar a vocês que cada vez que ele me beijava e deixava aquele corpo magnífico perto de mim, tudo que eu conseguia pensar era em tirar sua roupa e fazer com que ele fodesse.
Ele era incrível. Ontem mesmo me deixou mortinha após me dar dois orgamos em menos de vinte minutos. Eu tinha noção de que o que estávamos fazendo era um tento quanto perigoso.
Não só por podermos ser descobertos por papai, mas também pelo simples fato de que não poderíamos - de forma alguma - nos envolver.
Sempre fui um tanto emocionada, mas estava deixando isso de lado pelo simples fato de que essa situação estava boa demais para ser estragada.
Apesar é claro, da grande incógnita por detrás de tudo isso. Eu estava gostando demais, mas sabia que algo estava fora do eixo.
Posso parecer ingênua devido minha falta de experiência, mas eu não sou. Eu sabia que Alec tinha algo escondido, soube assim que vi a maneira que ele e seu amigo conversavam naquele dia.
Passei a me manter ignorante por enquanto, não tinha certeza de nada e não queria fazer suposições. Alec era muito reservado, nada pessoal era revelado.
Eu não conseguia conter o desejo de conhecer seus segredos, de desvendar o que aqueles olhos claros escondiam.
Movo meus olhos para Ana, sabendo que ela poderia me ajudar em minhas suspeitas.
— Será que ele está escondendo algo? — Lhe pergunto, vendo seus olhos me encontrarem.
— Depende muito, não é como se você o conhecesse bem o bastante.
— É, pensei nisto.
— Mas pode ser que sim. — Ela da de ombros. — Não pense muito nisto, Lise. Você não está namorando o cara, é só sexo. Não é?
— Nem isto, na verdade. Ainda não chegamos a transar.
Ana bufa. — Pare de ser tão paranóica, então. Não deve ser nada.