Capítulo 22

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As vezes eu chegava a pensar que não merecia ser feliz

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As vezes eu chegava a pensar que não merecia ser feliz. Não sabia decidir se isso era culpa minha ou se minha vida foi escrita para ser fodida desta maneira. Sendo bem sincero, eu simplesmente cogitei colocar Lise no carro e apenas pegar a estrada deixando toda a merda que nos rodeava para trás. Contudo, como eu faria isso? Como lhe explicaria também que ao voltarmos não só seu pai estará furioso, mas o meu também. Eu queria lhe contar tudo, lhe explicar com os detalhes o que nos aguardava.

A encaro. Seu rosto estava virado para a janela, sua mão fechada enquanto ela suspirava sem muito ritmo. Eu tinha noção de que ela estava preocupada, que sua vida ficaria um inferno a partir de agora. Não estava - de forma alguma - preocupado comigo. Ela quem me deixava inquieto, a vida dela que estava prestes a ser massacrada.

— Pequena? — Lhe chamo, suas ires escuras me encontrando. Vejo as lágrimas ali, o bico em sua boca.

— Me desculpa. — Ela funga. — É tudo culpa minha, eu não deveria ter lhe trazido a isso. Nunca deveria ter te seduzido.

— Me seduzido, é? — Brinco, tentando trazer um sorriso em sua boca.

— Não me faça rir, estou muito fodida. Meu pai vai te matar, sabe disso? Na verdade, vai nos matar e enterrar no fundo da casa.

— Não se preocupe comigo, ok?

Vejo seus olhos brilharem, sua boca se abrindo como se fosse dizer algo. Contudo, ela se cala e volta a encarar a janela.

Eu sabia que ela queria perguntar sobre meu emprego novamente. Dirijo com rapidez, pensando seriamente em apenas abrir o jogo com ela. Não era como se eu já não fosse perde-la assim que chegássemos na mansão. Nosso momento havia acabado.

Contudo, a casa estava vazia ao chegarmos. Somente alguns guardas perambulavam pelo gramado. Eles nos olham de esguelha ao passarmos em direção a prota frontal. Entretanto, nada foi dito.

Somente quando me sento em sua cama sindo a necessidade de respirar fundo, meus olhos fixos em seu rosto. As palavras pareciam que tinham me escapado, a vontade de jogar toda a informação me consumindo.

— Temos que ter um plano. — Ela fala. — Não vou deixar que ele faça nenhum mal a você, pode ter certeza. Não vai perder seu emprego, Alec. Não vai!

— Pequena...

— Estou falando sério. Sei que você não quis me contar o porquê de trabalhar aqui, também pouco me importa. É importante para você, não é? O trabalho, tudo.

— Não mais.

— Não? — Seus olhos me encontram.

— Senta, Lise. Eu preciso te contar algumas coisas. — Aponto para o meu lado, esperando para que ela o fizesse. — Lembra quando eu disse que meu pai me pede alguns favores?

— Sim.

— Ele me usa para conseguir as coisas, Lise. Eu estou aqui, trabalhando para vocês p...

— Xi. — Seu dedo bate me minha boca, seus olhos olhando para a porta. — Tem alguém subindo.

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