E se a única noite em que você pudesse se perder em desejos e luxúrias, acabasse sendo o fim de toda sua liberdade? E, se o homem que te tirou de órbita e a levou a sentir coisas deliciosas, de um dia para o outro se tornar seu segurança pessoal?
A...
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Encaro minha roupa no espelho iluminado. Depois de diversas trocas, o macacão parecia cair bem para o clima lá fora.
Movo meus olhos para a pilha ao lado do guarda-roupa. É, eu havia feito uma senhora bagunça aqui. Pois bem, não saber o lugar para qual iríamos havia trazido uma certa dúvida em minha mente.
Se fossemos a um lugar chic e eu me vestisse casual demais? E se o contrário acontecesse? E se eu vestisse algo muito curto devido ao calor, mas não voltarmos antes da brisa noturna aparecer?
Não mentiria, eu estava ansiosa para um cacete. Apesar te termos saído milhares de vezes juntos, a palavra encontro nunca havia sido usada. Caramba, estávamos realmente indo a um encontro de verdade.
Me obrigo a pensar em outra coisa. Já que apensar de ser um encontro, conforme ele havia dito, era mais como um escape para ambos sermos nós verdadeiramente.
Ouço a movimentação no piso inferior, o barulho de passos me fazendo pensar em como a casa estava cheia hoje. Papai havia tido um leve surto hoje pela manhã quando viu algo estranho em seu escritório.
Não sabia dizer o que era. E bem, não me importava o suficiente para procurar saber. Sendo sincera, tentei puxar conversa no café, mas sem muito sucesso. Ele estava ciente de que eu sairia, mas não se importava contando que Alec estivesse junto.
E isso era bom, não?
Significava que eu poderia ficar longe o tanto que fosse sem me importar com nada dando errado ou surtos de um magnata enlouquecido.
Penso no que Alec disse, a animação por ter um dia sem preocupações crescendo. Não me lembrava a última vez que tive a oportunidade de não pensar em nada. De não me preocupar se estava me portanto corretamente ou se não estava irritando meu pai.
Debato opções de lugares, tentando - sem sucesso - descobrir onde Alec planejava me levar. Poderia ser um restaurante, estava um pouco faminta mesmo. Entretanto, a maneira como ele falou me faz pensar que possa ser algo mais complexo do que só um lugar para comer.
Me sento em minha penteadeira, pronta para colocar alguma cor em mru rosto. Não ter dormido bem a noite contribuiu com orelhas grandes demais para não ter que suar uma base.
Após garantir que estava linda, desci as escadas para me encontrar com Alec. E bem, a cada degrau da escada as coisas em meu coração se multiplicavam. E com cosias quero dizer as palpitações de nervosismo.
Solto um suspiro assim que alcanço o último, rezando para que não parecesse desesperada. Penso em como deveria esquecer de tudo, não ficar ainda pior do que os dias corriqueiros.
— Está linda. — Alec me recebe com um sorriso. — Como sempre.
— Obrigada, você está uma delícia.
Ouço sua gargalhada, me fazendo rir também. Eu estava sendo sincera, ele estava delicioso. Eu não tive muitas oportunidades de vê-lo em algo que não fosse um terno preto ultimamente. Acho que havia virado seu uniforme.