E se a única noite em que você pudesse se perder em desejos e luxúrias, acabasse sendo o fim de toda sua liberdade? E, se o homem que te tirou de órbita e a levou a sentir coisas deliciosas, de um dia para o outro se tornar seu segurança pessoal?
A...
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Meu coração estava disparado. Meu corpo reclamando de todo o esforço feito minutos antes. Olho para trás preocupado, ainda esperando que alguém estivesse nos seguindo. Entratanto, era muito provável que ainda estivessem se matando naquela casa.
Rick deveria estar feliz e sarisfeito, enquanto Anthony infartava ao ver seu império ruir da pior forma. Quanto a isso, eu não tinha uma opinião formada ainda. Meu pai conseguiu o que queria, mas eu não tinha certeza de que isso se estenderia por muito tempo. Rick passou a vida toda almejando isto, mas em nenhum momento planejou o que faria quando enfim acontecesse.
Era fato que os Martinez ficariam ricos e influentes agora em primeiro no ranking, mas seria ainda mais difícil gerir a empresa. Sem contar com todos os outros que agora tentariam derrubá-lo. Balanço a cabeça em negativa, tentando não pensar mais sobre isso.
Abraço Lise com força, praticamente a obrigando a se manter o mais perto possível. Não ia mentir, a sensação de tê-la comigo depois de tanto tempo era gratificante e exatasiante. Eu queria congelar este momento para que ficasse para sempre assim, somente nós dois. E Nathan.
Rio com o pensamento, meus olhos presos no motorista concentrado em minha frente.
— Pode parar na sua casa. — Digo. — Seguiremos adiante depois.
— Cara, posso ir com vocês.
— Ter certeza disso? — Brinco. — Vamos estar que nem dois coelhos, faz tempo que nos vimos, em? Mas quem sou eu para saber o que você gosta, as vezes é fetiche...
— Já entendi, pode calar a boca. — Ele gargalha.
— Não ligue para o que ele diz, Nathan. — Lise se afasta de mim para conseguir olhar para ele. — Alec não sabe o que diz.
— Sei, sim. — Resmungo em seu ouvido.
— Que nojo, arrumem um quarto!
Gargalho de sua cara, batendo em seu ombro em seguida.
Não demora para que cheguemos em frente a grande casa de tijolinhos, fazendo com que a despedida se aproximasse. Meu amigo deixa seu posto no banco dianteiro, saindo do carro sem pressa. Faço o mesmo, tomando o lugar atrás do volante.
— Tem certeza que vão ficar bem? — Ele me olha preocupado, seu rosto enfiado pela janela. — Posso mesmo ir com vocês.
— Sei que pode, mas não é o que realmente quer. — Sorrio para tranquiliza-lo. — Vamos voltar, cara. Não iremos sumir para sempre, ok? Ainda te devo muito por tudo.
Vejo-o sorrir, se afastando do carro. Encaro-o por alguns segundos e ligo o veículo.
— Se cuida, mané. — Ele resmunga.
— Pode deixar.
— Se cuida também. — Lise fala sorrindo. — Obrigada por tudo, você foi demais.
