Capítulo 17

72 17 2
                                    

Eu estava com tédio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu estava com tédio. Sim, a faculdade as vezes fazia isso com as pessoas. E com as as vezes eu queria dizer sempre.

Movo meus olhos para o palestrante em meio a palco, sua voz falando calma e sem pressa. Suspiro, sentindo que se ficasse aqui mais um pouco iria dormir. Não costumo cair no sono em situações como estas, mas a noite de ontem havia me esgotado. Alec havia me feito perder o rumo da minha vida, isso sim. Eu pensei que nossa primeira transa seria insuperável. Quem dera eu soubesse.

— Sua pele está linda. — Ana fala, me fazendo sorrir.

— Estou usando um creme novo.

— Sei. — Ela chega perto, sussurrando. — Hidratação com chá de pica?

Tapo minha boca, escondendo a risada. — Porra, Ana. Não fala essas coisas.

Ela sorri, dando de ombros.

— Vamos sair hoje? Precisamos colocar o papo em dia, você está focada demais neste teu segurança e me esqueceu.

— Não esqueci nada. — Resmungo, passando meu braço por seus ombros. — Você quem está apaixonada e não larga seu namorado.

— Culpada.

— Mas precisamos mesmo sair juntas. — Volto a falar. — Quer ir onde?

— Consegue sair para um bar hoje a noite? Sozinha?

— Não, só saio acompanhada.

— Droga, não vai dar para falar do pau do seu segurança com ele ouvindo.

— Posso pedir para ele ficar no carro.

— Hm. — Ela resmunga. — Se não tem outra alternativa, pode ser.

— Estou me comportando bem, acho que não precisarei mais ser seguida em um futuro próximo.

— Acha que dar para o seu segurança escondido é se comportar? — Ana me olha rindo.

— Bem, digamos que estou usando todos os serviços dele.

Horas depois, quando enfim a palestra teve seu fim, sigo animada pelos corredores da faculdade. Eu não havia tido muito tempo de pensar em como eu estava feliz em estar aqui. Meu pai nunca tinha me incentivado a ingressar, já que em sua cabeça eu deveria apenas saber como me portar em festas importantes ao lado do meu futuro marido.

Evito pensar em meu pai, já que sua menção me fazia ficar de péssimo humor. Eu tinha saudades de quando as coisas eram menos complicados, de quando o egoísmo dele não me afetava tanto. Os últimos dias haviam sido um tanto quanto tensos, já que todos estavam cada vez mais cautelosos com tudo.

Após aquela conferência tudo se intensificou. A casa parecia ser vigiada por leões famintos por carne. Era como estar em uma prisão, sem brincadeira.

Because Of YouOnde histórias criam vida. Descubra agora