Desejo

Vinte e quatro

Pov Christian

Não, isso não pode estar acontecendo. Anastácia não pode me deixar, não agora que percebi que amo essa mulher. Amo Anastácia como nunca amei ninguém. Ela não pode me deixar.

Ficou sentado no chão com a cabeça de Ana nas minhas pernas. Faço de tudo para que ela não feche os olhos, mas é em vão. Fico mais desesperado ainda quando vejo os seus olhos azuis se fechando.

-Ana, meu amor. Fica comigo. Digo chorando muito. -Cadê o socorro porra. Grito com ódio.

-Senhor se afaste, vamos cuidar dela agora. Um socorrista aparece e me tira de perto de Anastácia.

Fico observando eles colocarem ela na maca e a levando embora da sala, sigo eles o caminho todo. Meu coração está aos pedaços. Meu advogado vai junto comigo.

-Ethan, ligue para Taylor e digo o que aconteceu. Fale pra ele não contar nada para Melina. Digo com o fio de voz.

-Tudo bem senhor Grey.

Logo em seguida vou para a ambulância onde Ana está, porém o socorrista diz que não posso ir junto pois o estado de saúde dela é muito grave. Corro em direção ao meu carro e sigo a ambulância com o coração a mil. Irei matar Elena, essa mulher vai ser arrepender do que fez com minha mulher. O caminho até o hospital parece ser o mais longo o qual já percorri.

A ambulância para em frente ao hospital e eu estaciono de qualquer jeito meu carro. Vejo eles tirando Ana de dentro da ambulância, minha mulher permanece imóvel na maca. Saio do carro e chego perto dela. O rosto dela está muito pálido, parece já sem vida.

-Ana, fica comigo meu amor. Eu e Melina precisamos de você. Falo chorando. Os socorrista mais um vez me tiram de perto.

Os médicos do hospital vem correndo e levam Ana para o centro cirúrgico. Ando de um lado para o outro sem saber o que fazer.

-É melhor o senhor se sentar aqui. Uma mulher diz pra mim apontando para um sofá no canto da sala de espera.

-Eu não consigo, preciso saber como minha mulher estar. Digo angustiado.

-Ela está em cirurgia agora. O senhor ficando assim não vai ajudar em nada, só irá ficar mais nervoso. Se posso dar um conselho é que ore bastante, a situação de sua mulher é muito grave. A enfermeira diz me deixando sem chão.

-Eu não posso ficar sem a Ana. Digo desolado.

-Só Deus pode salvá-la senhor Grey. Diz e sai da sala.

Faço o que ela disse, vou até o sofá sentando e começo a rezar. Nunca fui religioso, mas nesse momento me apego a fé para que Deus salve a vida de Anastácia. O tempo parece que não passa, ninguém veio me dar nenhuma notícia sobre a cirurgia. Olho para frente e vejo Taylor vindo em minha direção. Me levanto e ele me abraça.

-Eu sinto muito pelo o que aconteceu Christian. Como Ana está? Ele pergunta preocupado.

-Não sei Taylor. Só me disseram que ela está em cirurgia, isso já faz umas duas horas. Depois disso não me atualizaram sobre o estado dela. Falo frustado por não ter notícias sobre Ana.

-Vai ficar tudo bem Christian, Ana é forte. Ela vai aguentar. Diz esperançoso.

-Eu espero que sim Taylor. Não posso perder Ana justamente agora que percebi que amo essa mulher. Se eu pudesse daria minha vida pela dela. Digo desolado.

-Vai dá tudo certo irmão. Taylor diz querendo me passar força.

-Melina como está? Pergunto querendo saber da minha filha.

-Melina sentiu que algo ruim iria acontecer Christian, por isso que ela estava daquele jeito mais cedo. Assim que vocês saíram ela começou a chorar. E fico o tempo todo no meu colo até que dormiu. Sai antes que ela acordasse. Diz triste.

-Ana não pode deixar nossa filha. Eu sei que ela vai lutar por Melina. Digo e logo um médico aparece.

-Parentes de Anastácia  Steele. Ele fala e me levanto ido em direção a ele.

-Sou o namorado dela Christian Grey. Como minha mulher está? Pergunto nervoso.

-Ela se encontra em um estado gravíssimo senhor Grey. A cirurgia foi bem delicada, quase perdemos ela por três vezes, mas ela resistiu bravamente. As primeiras 48 horas são as mais importantes para sabermos como ela reagirá. Porém só um milagre pode fazer com que ela sobreviva. Ele diz de modo controlado.

-Preciso que faça o possível para que minha mulher sobreviva. Nós temos uma filha, ela não pode ficar sem a mãe e nem eu sem Ana. Digo com a voz falhando.

-Nós já fizemos tudo que podíamos senhor Grey. Agora a recuperação de Anastácia só depende dela mesma e de uma intervenção divina. Sinto muito. Diz e sai me deixando sem chão.

Me jogo no chão em desespero. Não. Anastácia vai ficar bem, ela vai voltar pra nossa casa comigo. Eu proíbo que Ana morra. Ela é minha, vamos nos casar, ter outro filho e um cachorro. Vamos viver felizes com nossa família.

-Calma Christian. A Ana não vai te deixar, vai acontecer um milagre. O destino não pode ser tão cruel assim. Taylor diz também chorando, sei que ele ficou muito amigo da minha mulher nesse tempo, também está sofrendo com isso. Vejo o médico passando e vou até ele.

-Preciso ver minha mulher. Digo de uma vez.

-Creio que não seja possível senhor Grey. Ela está na uti não pode receber visitas.

-Eu te imploro para que me deixe vê-la nem que seja por dois minutos. Digo implorando sem vergonha nenhuma.

-Tudo bem, mas tem que ser rápido. Venha comigo, temos que vestir uma roupa especial no senhor.

Sigo o médico até uma sala faço a desinfecção e coloco uma roupa própria. Entro no quarto em que Ana está. Minha Anastácia está deitada na maca cheia de aparelhos por seu corpo para a manter viva, sua pele está muito branca, seus lábios roxos. Parece que ela nem está mais aqui. Minha vontade é de me jogar em cima dela e chorar. Chego perto dela e pego em sua mão.

-Volta pra mim Ana. Não posso mais viver sem você, eu te amo meu amor. Não vejo mais minha vida sem você. Melina precisa de você, não desista de continuar lutando. Digo com dificuldade por conta das minhas lágrimas. -Volta pra mim meu amor. Digo por fim beijando sua testa.

Os aparelhos de Ana começam a apitar fazendo um barulho, logo o médico de Ana entra junto com mais três.

-Ela está tendo uma parada cardíaca. Um deles fala e pega o desfibrilador colocando no peito dela. Fico em choque com a cena.

-Estamos perdendo a paciente. Outro fala. -Tire o senhor Grey daqui.

-Ana, Ana não me deixa. Grito enquanto um enfermeiro me tira do quarto.

Sento no chão chorando desesperado, eu não posso acreditar que isso está acontecendo. Ana não pode morrer e me deixar. Precisamos de mais tempo pra viver nosso amor.

-Eu te amo Anastácia. Grito para o nada.

Mais um capítulo para vocês.

Será que é o fim de Ana?

Não esqueçam de votar e comentar o que acharam.

Até o próximo.